Um setor da esquerda pequeno-burguesa que está na coordenação do movimento nacional Fora Bolsonaro vem demonstrando a cada ato realizado uma atividade não somente de nulidade política, mas de sabotagem aberta das manifestações.
No ato marcado para o dia 7 de setembro mais uma vez a coordenação do movimento é um problema para a organização e convocação dos atos em todo o Brasil. Esse fato foi confirmado com as ameaças da direita em relação aos atos bolsonaristas e dos governos estaduais que se colocam contra as manifestações da esquerda, como o governo tucano de João Doria.
A convocação, que era um problema recorrente, agora se agravou diante das ameças. Uma ala defendeu abertamente que não houvesse atos para não confrontar os atos bolsonaristas e o boicote e a sabotagem se agravaram ainda mais.
Outro setor da esquerda pequeno burguesa correu para negociar com governadores que estão perseguindo os atos da esquerda. Esse setor foi negociar com a polícia militar e com o governo de João Doria, que proibiu o ato da esquerda no Vale do Anhangabaú após dar a avenida Paulista para os bolsonaristas, para que a polícia “proteja” os manifestantes. Mas o que vimos foi uma proibição ainda maior, com revistas de manifestação, faixas, bandeiras, bateria e outros materiais para esconder os atos da esquerda.
Diante desses ataques e ameaças, a direção do movimento Fora Bolsonaro não procurou furar essas ameaças com a mobilização da população e dos trabalhadores contra a direita e Bolsonaro. Procurou através de negociatas que não levam a nada com a direita e a Polícia Militar.
Isso ocorre porque algumas organizações que “comandam” o movimento são verdadeiras organizações populares e não possuem nenhum contato com os trabalhadores e suas reivindicações. Coalizão Negra Por Direitos, Acredito entre outras são formadas por pessoas que aparecem somente devido à propaganda e de profundo interesses eleitorais.
As verdadeiras organizações de trabalhadores como a CUT, sindicatos e partidos de esquerda possuem uma participação secundária e muito limitada pelas “direções”. Controlam quem “fala” no carro de som e, em geral, lideranças sindicais e partidárias não têm nenhum espaço.
É preciso modificar a direção desse movimento e que as verdadeiras organizações encabecem o movimento. Com essa primeira mudança é preciso depois ir para os locais de trabalho e nos bairros populares convocar a população e os trabalhadores para participarem massivamente dos atos.
Devem ser organizadas caravanas dos bairros e fábricas para os locais dos atos e mobilizar, pois, esta é a única ferramenta da esquerda para derrotar a direita.
Diante disso é preciso modificar totalmente a organização do movimento fora Bolsonaro ou o movimento vai chegar a um beco sem saída e ao ostracismo. A CUT, o MST e o PT, as maiores organizações populares e de trabalhadores do país tem o dever de mobilizar a população contra a direita e contra o governo Bolsonaro.