As chamadas “centrais sindicais” convocaram um ato de faz-de-conta para fingir que estão lutando pelos direitos dos trabalhadores e da população. O “1º de Maio unitário, pela vida, democracia, emprego e vacina para todos” será um evento com os maiores inimigos dos trabalhadores, como Fernando Henrique Cardoso, Rodrigo Maia e Ciro Gomes.
Esse verdadeiro show de horrores é resultado da política de alianças que a atual direção direitista da CUT promove, com as centrais de brinquedo dos capitalistas, como a Força Sindical, que servem apenas para barrar qualquer tentativa de mobilização independente da classe operária.
É expressão também da política de frente ampla levada adiante por uma parcela da esquerda pequeno-burguesa, como o PCdoB – grande difusor desse famigerado evento. O acordo com a direita golpistas e neoliberal, mãe do bolsonarismo, representada por exemplo por FHC e Maia, já foi feito em diversas esferas, como nas eleições estaduais, municipais e no Congresso Nacional.
Agora, a esquerda quer transportar essa aliança para o terreno de luta dos trabalhadores. Com a diferença de que, sob a desculpa da pandemia, esse “ato” de 1º de Maio deva ser virtual. Porque se fosse um ato presencial, de rua, possivelmente a corja de convidados não teria coragem de comparecer, devido à possibilidade de sofrerem hostilidades inclusive físicas dos trabalhadores – que sabem muito bem a quem servem o PSDB, o DEM e o MDB.
Trata-se de uma das maiores vergonhas da história do País isso que a esquerda pequeno-burguesa está fazendo. Uma prostituição do 1º de Maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora. Dia de lembrar e lutar por aqueles que tombaram na luta dos operários por sua emancipação do jugo do capital. A esquerda, como em 2020, está trazendo para um ato que deveria ser exclusivo dos trabalhadores, aqueles que são os maiores responsáveis pelo sofrimento cada vez maior da classe operária.
E os convidados não são apenas representantes dos patrões. Todos os trabalhadores recordam dos anos infernais do governo Fernando Henrique, quando milhões de brasileiros padeceram de fome, doenças e do desemprego massivo. Quando a privatização roubou milhões de empregos e elevou o custo de vida da população. Tudo isso para encher o bolso de meia dúzia de parasitas cujos pés eram e continuam sendo lambidos por FHC e o PSDB.
Chamamos ao boicote desse evento, um evento que significa uma verdadeira afronta a todos os membros da classe operária brasileira. O 1º de Maio é e sempre deve ser um dia sagrado de luta dos trabalhadores, cujo principal inimigo é a classe capitalista. Um dia que os trabalhadores utilizam para organizar sua classe na guerra contra os patrões, a burguesia, a direita e o imperialismo.
Por isso o PCO está organizando, em conjunto com os Comitês de Luta, um ato real de 1º de Maio, unificado na Avenida Paulista, com a previsão de que compareçam mais de mil pessoas, trabalhadores de todas as regiões do estado e militantes de vários estados do País.
Acompanham esse chamado do PCO diversas organizações de base, militantes do PT e de outros partidos da esquerda, coletivos de mulheres, negros, estudantes e artistas, moradores da periferia e membros dos conselhos populares. É preciso se contrapor tanto ao governo genocida de Jair Bolsonaro como ao circo que a frente ampla tenta impor através de ações vexatórias como a narrada acima. É preciso um 1º de Maio de luta, classista e independente dos trabalhadores.