O governo neoliberal e golpista, em cuja face na vitrine temos o desprazer de ver nesse momento Bolsonaro, anunciou por meio da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que foram aprovados os estudos finais da sétima rodada de concessões aeroportuárias. As tais “concessões” nada mais são do que outra forma de privatização. Pretende-se com isso transferir 16 aeroportos à iniciativa privada em 2022, sendo, dentre eles, incluídos os mais cobiçados: os terminais de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
Resta agora apenas que o Tribunal de Contas da União (TCU) dê o seu aval ao projeto antes de o governo publicar o edital e realizar o leilão no primeiro semestre do próximo ano. O que certamente há de acontecer com “101%” de certeza, visto que as instituições estão e sempre estiveram dominadas e aparelhadas pela burguesia capitalista.
Os aeroportos a serem privatizados serão divididos em três blocos:
a) Bloco SP-MS-PA: aeroportos de Congonhas e Campo de Marte, em São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Parauapebas (PA) e Altamira (PA);
b) Bloco RJ-MG: aeroportos de Santos Dumont e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), Montes Claros (MG), Uberlândia (MG) e Uberaba (MG); e
c) Bloco Norte II: aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP).
O processo de privatização dos aeroportos, o que desde o início era denominado de “concessão” com a com a única e exclusiva finalidade de tornar a coisa um pouco menos indigesta para a opinião pública, começou em 2011 e de lá pra cá as “doações” tem se acelerado.
As entregas, ou presentes, como o leitor assim preferir, agraciarão os contemplados da iniciativa privada por um “reles” período de 30 anos para explorarem e enriquecerem ainda mais com a administração de tais aeroportos. Mais um negócio generoso de “pai pra filho”, afinal esses vampiros da burguesia neoliberal e parasita sempre foram isso mesmo: Filhos pródigos do estado. E esse estado, que muitos chamam de “democrático”, existe para isso: Servir à burguesia capitalista. Quem não pode contar com o “papai estado” é o povo de quem ele tira o sangue.
Tal política privatista generalizada, um desastre para o país, sempre foi defendida pelo PSDB e pela burguesia de conjunto. Uma questão unânime entre esses serviçais do imperialismo. Para eles, não importa se o retrocesso social advindo dessas privatizações contribua e impulsione, juntamente com outras políticas nocivas ao Brasil, o crescimento do desemprego, da miséria e da crise econômica que avança à “velocidade da luz” no país.