A COVID19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus. Segundo as autoridades sanitárias, ela chegou ao Brasil através de uma pessoa que voltou de viagem da Itália em janeiro de 2020. A China já vinha informando desde novembro de 2019 a existência do covid19, e desde então o vírus foi se espalhando e se tornou uma pandemia. Já em 2020 começaram a aparecer novas cepas pelo mundo, após a primeira onda. Em alguns casos, como na África do Sul, pontuam que a nova cepa apresentou alto nível de contágio, e em outros casos, como na Inglaterra, referem maior letalidade, já apareceram casos das novas cepas no Brasil.
O COVID19 é transmitido por meio de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala quando fala e respira. Essas gotículas são pesadas e não permanecem no ar, ficando nas superfícies. Em cada tipo de superfície o covid19 vive por tempos diferentes, por exemplo, no plástico e inox, vive por até três dias.
As pessoas podem se infectar inalando as gotículas quando estão perto de outra infectada, por isso a necessidade de usar máscaras, ou infectando as mãos em uma superfície infectada e depois passando na boca, olhos ou nariz. A questão mais importante do covid19, é a forma fácil de transmissão, que rapidamente pode evoluir para a necessidade de respirador, devido o bloqueio dos alvéolos dos pulmões, como se fossem cimentados, não deixando que a pessoa respire.
Inicialmente, acreditava-se que era uma doença respiratória. O protocolo de diagnóstico era sintomas de gripe: cefaléia, dor no corpo, febre, e posteriormente, alteração do paladar. As pessoas eram orientadas a ficar em casa se apresentassem esses sinais, caso piorasse, era para procurar um pronto socorro (PS). Foram percebendo que muitas pessoas estavam procurando o PS tarde demais, saturando baixo, isto é,não entrando oxigênio suficiente nos pulmões. Também começaram a observar pessoas tendo outros tipos de acometimentos, como infarto, AVC, isquêmias, alterações na pele, e etc. percebendo então que o covid19 é uma doença sistêmica e não respiratória.
No Brasil as notícias sobre o covid19 começaram a serem mais veiculadas em março/20, e foi declarada pandemia em 16/03/2020, no entanto, não foi decretado lockdown. Alguns setores foram fechados, outros tiveram horário de funcionamento reduzido. Não houve uma verdadeira campanha de esclarecimento à população, e em relação ao governo federal, Jair Bolsonaro até hoje não tomou nenhuma atitude realmente importante para contenção do vírus, pelo contrário, o ministério da saúde há poucos dias fez propaganda de tratamento preventivo com cloroquina e ivermectina, medicações que já está mais que provado, não tem efeitos positivos nenhum com o covid19. Outra façanha do presidente Jair Bolsonaro, foi ter passado a responsabilidade unicamente para o governos estaduais e municipais, que também não tomam atitude nenhuma, enquanto neoliberais que são, a preocupação é com o capital e não com a vida das pessoas.
Outra questão de enorme importância, foi a não testagem em massas da população. Diga-se o que quiser, não foi e continua não sendo possível dizer com exatidão, o número de pessoas infectadas ou mortas pelo covid19. A informação fica difícil até com as pessoas que foram testadas, por exemplo, os testes que o governador João Doria comprou para testar os servidores da saúde, da secretaria de segurança pública, davam 70% de falso negativo. Outros mais de 6 milhões de testes foram adquiridos pelo governo Jair Bolsonaro e ficaram trancafiados e estão perdendo a validade agora em janeiro/2021. Os testes, dependendo do tipo, tem alguns requisitos para ser eficiente, por exemplo: testar entre o quarto e sétimo dia após a infecção, imagino que os trabalhadores, que tomam condução lotada todos os dias, não tem como saber que dia se infectou.
O PCO vem alertando sobre essas questões desde o início da pandemia, quando ficou claro que não iria ter testagem em massa, lockdown de verdade, só home office para pequeno burguês, e rico… rico não trabalha mesmo. eis que agora estão chegando as informações que confirmam as “previsões” do PCO.
O Ministério da Saúde, tem um sistema de monitoramento de Síndromes Respiratórias Aguda – SRAG, chamado Sivep Gripe, criado depois da pandemia de H1N1. Esse sistema aponta que em em 2019 o Brasil teve 2.795. casos fatais de SRAG, e em 2020 foram 258.209 casos fatais, uma diferença de 4.891%.
No dia 23/02/21, o SESA – Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, no seu informe diário de covid19, relata 9.285 mortes por covid19 e 7.913 por SRAG… se levarmos em consideração os dados do ministério da saúde, houve o dobro de mortes por covid19 no Paraná. E se o Paraná for a média de mortes no Brasil, já chegamos a 400 mil mortes.
A Fiocruz por sua vez, compilou dados através do Infogripe e Monitoracovid19, que indicam que houve 30% mais casos fatais de SRAG em 2020, do que foi noticiado, a marca de 200 mil mortes deve ter ocorrido muito antes da chegada de 2021.
O físico, doutorando do Instituto de Física da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Rafael Lopes, pontua que o Sivep foi concebido como um “sistema sentinela”, destinado a monitorar a SRAG sem coletar a totalidade de casos. Ele aponta outras questões para os problemas nas notificações de casos e óbitos. Ele explica que “há dificuldades de inserção dos dados, pois a grande maioria das pessoas que insere o dado não tem uma formação específica para notificar de modo 100% fidedigno, o que ela está relatando. Além disso, nossa testagem é muito deficitária. Pacientes sintomáticos são testados no hospital e esse dado será inserido posteriormente. Não só há uma demora e atraso do que está ocorrendo em relação ao que está sendo notificado, há certas perdas. O teste PCR tem uma janela de sensibilidade em relação à curva da carga viral, e se a gente faz essa testagem passiva, você perderá muitos casos e óbitos também. A Covid tem gravação de óbitos de modo bem silencioso”- completa.
Perante todas essas informações, qual será verdadeiramente o número de pessoas que morreram até agora no Brasil por covid19?