As organizações populares marcaram um novo ato de massas para o dia 19 de junho, após as vitoriosas manifestações do dia 29 de maio, que levaram centenas de milhares de trabalhadores, jovens, mulheres, militantes e ativistas a se manifestar por auxílio, vacina e Fora Bolsonaro em mais de 200 cidades.
Foi um acerto decidir por continuar as mobilizações. Os atos de sábado mostraram que a população oprimida quer se mobilizar, quer se manter na rua para derrubar Bolsonaro e todo o regime golpista e assim conseguir vacina para todos, auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo, emprego com redução da jornada de trabalho e um governo dos trabalhadores.
A decisão revela a pressão enorme que os trabalhadores e as bases militantes dos movimentos e partidos de esquerda estão impondo. Estão ávidos por mobilização.
Temos que repetir o exemplo dos nossos irmãos colombianos, que há mais de um mês mantêm-se firmes nas ruas do país, mesmo sob intensa repressão, exigindo os direitos democráticos e lutando pela derrubada do governo direitista de Iván Duque.
Temos que seguir a tendência continental ao levante popular, como fizeram os paraguaios, chilenos, equatorianos, bolivianos, guatemaltecos, hondurenhos, haitianos.
As massas populares brasileiras querem e vão se mobilizar, até derrotar o golpe e o imperialismo, até derrubar Bolsonaro e toda a direita golpista.
Os Comitês de Luta devem estar na vanguarda da mobilização para o dia 19 de junho, assim como estiveram na vanguarda este tempo todo, quebrando a resistência da esquerda em sair às ruas com os grandiosos atos de 31 de março e 1° de maio, nos quais foram fundamentais.
Em todo o país, devem mobilizar aqueles que estão em seu entorno, realizar desde já atividades diárias de agitação. Devem fazer mutirões de ligações convocando os contatos, panfletagens em locais de ampla circulação, colagem de cartazes e adesivos. Devem ir aos bairros operários fazer mutirões chamando à participação dos trabalhadores das periferias e favelas.
Esse é o dever dos Comitês de Luta em todo o País, trabalhar intensamente para que os atos do dia 19 sejam ainda maiores que os do dia 29 de maio. Organizar uma gigantesca onda mobilizadora, uma jornada de protestos cada vez maiores até a derrubada de Bolsonaro pela força popular e derrubar o regime golpista de conjunto.
Coordenação Nacional dos Comitês de Luta
3 de junho de 2021