Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante a pandemia, nos últimos doze meses, a inflação oficial ficou em 5,2%, enquanto que os alimentos subiram 15% em todo o país. Isso corresponde a três vezes o índice oficial de inflação.
Conforme divulgado no jornal golpista Folha de São Paulo, a pressão inflacionária tem levado o mercado a reavaliar as expectativas constantemente. O último boletim do Banco Central, o Focus de segunda-feira (8), informa que já ocorreu a nona mudança de expectativa semanal, saindo de 3,87% e chegando a 3,98%. Desde o início da pandemia, em março passado, os preços estão em alta, piorando com o desemprego e o fechamento de estabelecimentos.
Em janeiro o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) teve aumento de 0,25%, em fevereiro de 0,86%, indicando a tendência de alta. A justificativa apontada foi o aumento do preço da gasolina. Considerando que a expectativa para os próximos meses é de continuarem a aumentar os preços da gasolina, consequentemente aumentará a inflação. Lembrando que foi o sexto aumento da gasolina neste ano.
Considerando apenas os alimentos e bebidas, a inflação só não subiu mais em fevereiro graças à queda de preços de alguns alimentos como batata, tomate, leite e óleo de soja. Mesmo com a indicação de redução de impostos para importação de arroz, o impacto da alta da inflação prejudicou substancialmente o governo. A matéria indica que com a inflação em alta, a expectativa do mercado é que o Copom aumente a taxa básica de juros (Selic), congelada desde agosto passado em 2%.
Um outro aspecto, diante desta situação, é a alta do dólar, que faz com que os empresários prefiram exportar, pois os ganhos são maiores. Com isso falta alimentos internamente e os preços sobem. Para exportar precisam comprar mais matérias primas e máquinas que são importadas. Por outro lado, a pandemia levou à diminuição da produção e do comércio, levando os países mais desenvolvidos a comprar nos países atrasados, de especialidade agrícola, como o Brasil. Isso faz diminuir a oferta no mercado interno nesses países.
Como esse governo fascista não adotou nenhuma política para resolver os problemas da economia, nem mesmo da pandemia, os problemas se acumulam e acabam ficando cada vez piores. E assim os alimentos básicos para a população tem aumentos estratosféricos.
Este dado ajuda a compreender que não se trata de uma fatalidade, mas do programa de terra arrasada dos golpistas contra o povo. Por isso, enquanto mais de 270 mil pessoas morrem pela omissão dos governos e outras dezenas de milhões estão desempregadas, os preços, sobretudo dos alimentos, continuam subindo.