O Governo Federal, comandado pelo genocida Jair Bolsonaro, prepara-se para excluir dezenas de milhões de brasileiros do Auxílio Emergencial. A ajuda governamental que já era minúscula durante o ano de 2020 tende agora a ser completamente inútil diante do cenário de calamidade pública.
O chamado novo auxílio emergencial não deve atender sequer 40 milhões de brasileiros. Uma projeção feita pelo terceiro setor prevê que 39,8 milhões de pessoas seriam beneficiadas nesta nova versão dos repasses; o que na prática significa que 28,4 milhões de brasileiros deixarão de receber qualquer ajuda, uma vez que na primeira versão o auxílio atingiu 68,2 milhões de pessoas.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, o governo federal investiu R$ 292,9 bilhões no auxílio emergencial pago em 2020 com as parcelas de R$ 600, e depois de R$ 300. Em 2021 o governo pretende gastar apenas R$ 44 bilhões com um novo auxílio. Os valores mesmo que somados são irrisórios perto do montante destinado aos principais bancos do país ainda no início da pandemia, cerca de R$1,2 trilhões.
Apenas em São Paulo, o estado com a maior população do país, 5,4 milhões de trabalhadores deixariam de receber o benefício. Em segundo lugar no número de perda de benefícios está Minas Gerais (2,7 milhões), seguido por Bahia (2,4 milhões) e Rio de Janeiro (2,3 milhões) que juntos completam o time dos excluídos no novo auxílio.
Proporcionalmente, o estado do Piauí foi o campeão de beneficiários do auxílio em 2020, lá 40% da população teve acesso ao benefício. Para 2021, essa proporção não deve atingir 25%. Ainda no Nordeste, o Maranhão, onde 38% da população recebeu o auxílio ano passado; em 2021, somente 21%, deve receber a nova rodada.
Com duas baixas no valores desde que foi lançado ano passado, de R$ 600 foi para R$ 300, em 2021, o benefício deve ficar entre R$ 150 (para famílias com uma só pessoa) e R$ 375 (para as mulheres que são as únicas provedoras da família). O valor paga sequer 30% do custo da cesta básica no Brasil.
A irresponsabilidade dos golpistas se aflora justamente no momento em que a crise sanitária e econômica se aprofunda, expressando-se no aumento do desemprego e na infraestrutura de saúde já em colapso. Mesmo nesse cenário, com a população precisando de maior assistência, o governo golpista excluiu milhares pessoas do auxílio emergencial, que anteriormente já era uma política insuficiente para os trabalhadores sobreviverem à crise.
As consequências políticas destas medidas cosméticas adotadas pelo regime ainda são imprevisíveis, todavia, a população trabalhadora deve ficar alerta e se organizar para defender os seus direitos cabendo às organizações de luta de todos os explorados darem o suporte necessário, sempre levantando a palavra de ordem “Fora Bolsonaro e Todos os Golpistas”.