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Direto de Miami

O terrorismo por trás do 15 de novembro em Cuba

Essa semana, a televisão cubana revelou as conexões existentes entre o líder contrarrevolucionário, que organiza a pretendida marcha de 15 de novembro, com o terrorismo anti-cubano

homenagem carlos leonardo vázquez gonzález

Os contrarrevolucionários cubanos seguem obstinados na divulgação do ataque a Cuba, planejado para 15 de novembro. Nas diversas redes sociais, é possível ver a grande quantidade de postagens, memes, vídeos cujo intento é a desestabilização do regime cubano.

Seguindo o modelo dos manuais sobre revoluções coloridas, o que se vê é a incitação ao povo cubano a sair às ruas em protesto contra o atual governo, colocando-o como o culpado pela crise econômica, desconsiderando totalmente os quase sessenta anos do bloqueio econômico e o consequente sofrimento imposto aos cubanos por tal desumanidade, que cria dificuldades terríveis à vida cotidiana do povo cubano. Os exemplos de restrições a que o povo cubano vem sendo submetido ao longo desses sessenta anos, por causa do bloqueio estadunidense, são inúmeros, como a dificuldade de acesso a peças de reposição para a manutenção do fornecimento de energia elétrica, à matéria prima para a produção de medicamentos ou mesmo de alguns tipos de alimentos.

Mas não interessa aos apátridas contrarrevolucionários lembrar do bloqueio. Chegam a dizer que ele não existe de fato e seria apenas uma desculpa que o governo cubano usa para justificar os problemas econômicos que não consegue resolver.

Essa semana, a televisão cubana desmascarou o homem que aparece como uma liderança contrarrevolucionária, Yunior García Aguilera, desvelando seu papel como representante dos interesses estadunidenses na pretensa “marcha pacífica” convocada para 15 de novembro.

Ficou evidente que a intenção é criar o caos, um clima de protestos, supostamente populares, e assim provocar a desestabilização interna, justificando uma possível intervenção militar estadunidense e o fim do governo socialista.

As conexões do mencionado contrarrevolucionário foram expostas na televisão cubana, em programa exibido no horário nobre, com o depoimento do médico Carlos Leonardo Vázquez González. Ele tornou público seu papel de agente “Fernando”, trabalhando em defesa do governo cubano durante os últimos vinte e cincos anos. Tal revelação se fez necessária para que o médico pude expor a forma como teve contato com Yunior García, e os verdadeiros interesses por trás da pretendida marcha.

Dr. Carlos Vázquez revelou que participou, junto com Yunior García e outros cubanos, em um evento na Universidade Saint Louis, nos EUA, em 2019, cujo tema central versava sobre o papel das forças armadas cubanas em um governo de transição, ou seja, após a derrubada do atual regime socialista e a reimplantação do capitalismo, conforme os interesses norte-americanos. Era uma orientação sobre como cooptar os cubanos para um eventual novo governo imposto após a almejada intervenção estadunidense em Cuba. As diversas palestras realizadas durante tal evento visavam à orientação sobre a reconstrução da Cuba capitalista e dependente, com diretrizes econômicas privatizadoras e subalternas aos interesses do imperialismo.

O médico contou sobre a postura contrarrevolucionária assumida por parte de Yunior García, que afirmou publicamente que o propósito de sua volta à Cuba seria se dedicar à contrarrevolução. E é de fato o que ele tem feito. Yunior teve protagonismo nos protestos de 11 de julho, quando liderou uma manifestação de artistas em frente ao Instituto Cubano de Rádio e Televisão, em Havana. Atualmente, participa do portal Archipiélago, que vem promovendo a manifestação de 15 de novembro.

Apesar de Yunior García se apresenta como apenas um cubano que se coloca contra o governo, dr. Carlos Vázquez revelou que ele mente. Além de receber formação por meio de instituições financiadas pelo governo estadunidense, sua ligação com figuras centrais de grupos terroristas contrarrevolucionários foi desvelada. Dando suporte ao trabalho de Yunior García na organização da marcha de novembro há figuras centrais na prática do terrorismo contra Cuba, como Ramón Saúl Sánchez, historicamente ligado a grupos contrarrevolucionários de Miami, financiados pelo governo estadunidense. Ramón Saúl é conhecido por sua atuação direta em vários dos ataques sofridos por Cuba desde a vitória liderada por Fidel Castro. Um exemplo é a explosão do avião cubano, em outubro de 1976, em Barbados, matando setenta e três pessoas, das quais cinquenta e sete eram cubanas.

Foi revelada uma conversa telefônica na qual Ramón Saúl oferece todo o apoio necessário a Yunior García para a promoção da marcha de 15 de novembro e se diz orgulhoso do trabalho que o jovem contrarrevolucionário vem fazendo.

Imagens mostraram também encontros de Yunior García com o encarregado de assuntos cubanos, do Departamento de Estado dos EUA, Alexander Augustine Marceil, que, desde 2019, realizou três visitas à Cuba para se reunir com apoiadores cubanos da contrarrevolução.

Como podemos constatar, a manipulação da informação é feita conforme os interesses em questão. O jogo é o mesmo em toda a América Latina, com tonalidades locais em cada país. A diferença é que em Cuba, a informação oficial defende a manutenção da soberania nacional, conquistada na Revolução de 1959, cujo apoio popular permite a sua manutenção até hoje, apesar dos constantes ataques do inimigo de sempre, os EUA. Desvelar a manipulação midiática diante da população é o trabalho que tem feito a televisão cubana, assim como seus portais na internet. Como disse o apresentador do canal cubano, “se estamos diante de uma batalha comunicacional, de uma guerra midiática, nossa melhor arma é um povo informado”. O povo cubano está preparado para enfrentar mais um ataque dos EUA. A Revolução segue seu caminho porque é feita com o respaldo do povo cubano.

A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a posição deste diário.

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