O atual campeão da SuperLiga Chinesa, mais popularmente conhecido como o famoso ”Chinesão”, o Jiangsu FC acabou por ser expulso da competição e não irá poder participar em 2021, defendendo o bicampeonato. A notícia veio nesta segunda-feira (dia 29), quando a Associação de Futebol da China (CFA) divulgou a lista dos dezesseis clubes que irão participar da próxima temporada.
O clube encerrou suas atividades no última dia 28. A empresa multinacional que dava o sobrenome ao clube tinha anunciado no início de fevereiro de 2021 que estava colocando à venda a equipe, mas não encontrou um comprador.
Encerrando em todas as suas modalidades (profissionais masculino e feminino e as categorias de base). As dívidas do clube chegam a 500 milhões de yuan (cerca de R$ 535 milhões).O time também foi expulso da Liga dos Campeões da Ásia por não ter cumprido com suas obrigações financeiras.
A China é um pais sem tradição no futebol. Com isso, lá a maneira que encontraram de impulsionar o esporte mais praticado no mundo foi com muito dinheiro. Toda a estrutura do futebol no país, ou pelo menos a maioria, acabou sendo baseada no ”clube-empresa”.
Além da descaracterização física, os capitalistas sugam a autonomia das equipes e as deixam em uma relação de completa dependência, uma espécie de relacionamento abusivo característico dos tratos capitalistas
De acordo com a associação chinesa de futebol, seis clubes foram reprovados para a próxima edição da Superliga Chinesa. O Jiangsu vai ser substituído pelo Cangzhou. As outras cinco equipes que serão “puxadas” virão da segunda e da terceira divisão do país. Ao todo, 16 clubes das três principais divisões entraram em colapso nos últimos 12 meses e foram desqualificados de competições por razões financeiras.
Essa crise mostra que transformar os clubes brasileiros , muitos neste momento já flertando com a possibilidade como Cruzeiro, Botafogo e Vasco, em clube empresas vai acabar na mesma situação. Os clubes serão destruídos, sugados até o último bago e poderão correr o risco de falência como aconteceu no futebol chinês.
A verdade é que existe um sucateamento proposital dos clubes brasileiros, já que a situação dos clubes é economicamente difícil e as políticas em vigor buscam se beneficiar disto no intuito de facilitar privatizações no futebol, semelhante ao que fazem nas empresas públicas como, por exemplo, a Petrobras e os Correios, no futebol é a mesma coisa.