É um quadro econômico desastroso que o país passa, com queda da atividade econômica, desemprego e inflação históricos, déficit nas contas públicas, dívida pública elevada, aumento da taxa de juros e do valor do dólar, queda do nível de investimentos, tudo pela hora da morte.
Com isso, o governo golpista e a imprensa burguesa de conjunto fizeram alarde de clima de euforia pelo sistema financeiro e empresários paulistas por conta de um certo aumento nas arrecadações fiscais, provavelmente influenciado pelo aumento de preços gigantescos que temos assistido desde o final do ano passado.
Como a realidade é o que é, a sinuca dos precatórios que chegou fez com que a euforia virasse para o oposto. Para não furar o teto de gastos, o presidente ilegítimo Bolsonaro encontrou como saída uma mudança na legislação, criando o parcelamento dos pagamentos dos precatórios, coisa que vai prejudicar quem tem direito a receber.
Essa política nefasta para a economia fez com que as expectativas para o PIB de 2022 fossem reduzidas, e como o ano que vem é ano de eleição, os políticos eleitoreiros ficam todos em pânico temendo perder votos.
Assim, é esperado que o presidente adote políticas populistas pensando em ampliar o número de votos nas eleições. Coisas como ampliar o programa Bolsa Família, pensando em pegar os votos dos desempregados, conforme matéria do jornal golpista Estado de Minas.
Como o jornal coloca que os empresários e banqueiros “paulistas” perderam a euforia, e comentam a possibilidade de que Bolsonaro possa adotar políticas populistas pensando nas vantagens eleitorais, com certo rancor, deixa transparecer que a melhor opção seria a eleição da terceira via, de João Doria (PSDB).
Os relatos de uma “euforia paulista” que foi dizimada pelos precatórios fazem alusão a uma pretensa desistência de apoio à candidatura do atual presidente, em troca de uma nova opção, a “paulista”, e nem sequer tocam no nome do principal concorrente, o ex-presidente Lula, que pode se eleger ainda no primeiro turno.
Tudo não passa de pura demagogia colocando em evidência dois candidatos da burguesia, enquanto desprezam a influência clara e nítida do principal concorrente que é do Partido dos Trabalhadores, mas que não querem que participe nem pintado de ouro.
A euforia apresentada na matéria não tem correspondência na realidade uma vez que a crise econômica vem se aprofundando desde o golpe de estado, e piorada pela pandemia, não deixa nada de boas perspectivas para o futuro imediato. Ninguém em sã consciência espera que no curto prazo as coisas irão se resolver.
O tucano fascista Doria, apresentado como o salvador da lavoura da direita, é tão demagogo quanto o outro da extrema-direita e atual presidente. O chamado “científico” em meio à pandemia resolve acabar com o pouquíssimo isolamento social, liberando tudo, inclusive as aulas presenciais, levando ao risco de morte os alunos, professores e funcionários para mostrar competência para o neoliberalismo genocida. O mesmo que é praticado por Bolsonaro.
Tanto um como o outro demagogo só estão preocupados com as eleições, com os votos e não se importam nenhum pouco com o fato de que estão levando à morte milhares de pessoas, da classe trabalhadora na maioria, sem emprego, direitos trabalhistas, atendimento médico, com inflação, fome e miséria.
Tentam, de toda forma, deixar de lado o maior líder do povo e o único que pode vencer as eleições sem muito esforço. Lula é o único que pode derrotar o Bolsonaro ainda mesmo no primeiro turno, e é o único candidato da classe trabalhadora com poderio eleitoral.
O povo tem que sair para as ruas e defender sua candidatura, com muita força e energia, como sempre foram as campanhas operárias.