Na ultima terça-feira (13), o patrimônio esportivo sofreu mais uma perda. Faleceu a campeã mundial de basquete Ruth de Souza devido aos problemas respiratórios da covid-19. Ela permaneceu um mês internada em um hospital em sua cidade natal de Três Lagoas no estado de Mato Grosso do Sul.
A pivô Ruth participou da geração de basquete feminina mais vencedora do Brasil. Junto com Hortência, Magic Paula, ela já tinha sido campeã pan-americana em 1991 em Havana. Três anos depois em terras australianas, após derrotar as poderosas norte-americanas na semifinal por 110 a 107, superaram o esquadrão chinês por 96 a 87 em uma final que possibilitou colocar o Brasil no panteão das campeãs mundiais. Na época somente os Estados Unidos e a União Soviética tinham conseguido.
Ruth nunca abandonou as quadras de basquete que tanto amava visto que passou a ser treinadora de equipes de basquete de Três Lagoas quando deixou de jogar. Ela tinha sido internada com 70% dos pulmões comprometidos e ainda que tenha conseguido um leito de UTI em 2 de abril não conseguiu se recuperar.
Magic Paula, atual vice-presidente da Confederação Brasileira de Basquete, fez a seguinte declaração para o portal Terra: “Perdi uma amiga, com uma história de vida de muitos desafios, mais jamais perdeu sua doçura e sempre com seu jeito humilde e eficiente na convivência em grupo. Dia muito triste para mim. Ruth fazia parte da minha família e sempre recebida com carinho, como merecia. Que ela faça esta passagem com muita luz”.
Infelizmente frente ao descaso dos governadores e dos prefeitos e ao empenho de Bolsonaro em manter os lucros das grandes empresas e dos bancos, expondo a população brasileira a esta doença que já ceifou mais de 350 mil mortos além de várias pessoas que ficam com sequelas da doença.
Todas estas mortes significam a destruição do patrimônio nacional material e imaterial. São várias histórias de vidas que se interrompem antes do que seria possível se os governantes, muitos ligados a direita golpista, tivessem adotados medidas reais como a testagem massiva da população, apoio financeiro e material para os trabalhadores dos setores econômicos impactados pela pandemia, abrigos para quem precisar estar isolado, obras de saneamento, ampliação e criação de mais hospitais e contratação de pessoal, auxilio emergencial em um valor que realmente atenda as necessidades básicas da população.
Várias medidas que o Partido da Causa Operária vêm defendendo desde o inicio da pandemia. É preciso levar estas demandas para as ruas, tomando o máximo de precauções para evitar o contágio, mas não se pode abandonar os trabalhadores e as trabalhadoras que todos os dias estão se expondo ao contágio quando se deslocam pela cidade, não podendo ficar em casa para garantir o seu sustento.





