Após início da greve nacional dos caminhoneiros, nesta última segunda-feira (01), companheiros da categoria bloquearam o acesso de cargas ao Porto de Santos. As instalações portuárias estão embarcando apenas as mercadorias que já estavam no Porto.
Num primeiro momento, a Polícia Militar, em um ato repressivo apoiado pelo STF, dispersou a mobilização no local. Entretanto, os caminhoneiros mantiveram a concentração na região da Alemoa, única forma de acessar a Margem Direita do cais santista.
Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), o movimento será mantido nesta terça-feira (02) e não possui previsão fixa de término.
“Vamos ficar até a negociação com o governo. O caminhoneiro está parando agora porque não consegue trabalhar mais. Se não puder reivindicar os direitos, não vai ter como trabalhar depois”, disse Luciano Santos de Carvalho, presidente do sindicato.
Os terminais de contêineres do Porto de Santos já registram um movimento fraco em decorrência da paralisação dos caminhoneiros. A preocupação das empresas responsáveis por essas operações é a de continuidade da greve, o que resultaria em danos ao comércio marítimo.
Ou seja, fica claro que a greve dos companheiros caminhoneiros deve ser apoiada e intensificada. Se agora no começo da mobilização a imprensa golpista já ataca duramente os trabalhadores, é sinal de que a perspectiva para o movimento é positiva no sentido de que trará vitórias contra a burguesia.