As manifestações que ocorreram no último dia 18 foram menores que as anteriores e deixaram claro a sabotagem de determinados setores da esquerda contra a mobilização popular. Apesar da aprovação na plenária do movimento fora Bolsonaro e da chamada da CUT e do PCO para realização de um grande ato juntamente com os servidores públicos, a esquerda não somente não convocou como não compareceu aos atos. Foram várias organizações da esquerda que sabotaram o ato do dia 18, mas vamos focar no PSOL e no seu principal líder “popular”, o acariciado pela direita Guilherme Boulos.
É importante discutir as “ações”, ou a falta delas, do PSOL, para as manifestações para ninguém ter a ilusão que é um partido de luta, popular e ficar impressionado com discursos “combativos”, e também porque esse método de Boulos e do PSOL vai se repetir nas próximas manifestações.
Um bom exemplo do boicote às manifestações populares de Boulos e do PSOL foi visto nas manifestações das torcidas organizadas contra os atos da direita pedindo um golpe militar na Avenida Paulista na metade do ano passado. Foram grandes manifestações em um momento de recuo total da esquerda pequeno-burguesa devido à política do “fique em casa” devido à pandemia, enquanto toda a população tinha que sair às ruas para trabalhar.
Sem nenhum apoio do PSOL e de Boulos, as grandes manifestações foram estranguladas pela política de transformar essas manifestações em palanques eleitorais de candidatos que não possuem nenhuma ligação com a população e de total acordo com a direita fascista.
Enquanto as torcidas foram à Paulista para expulsar a direita, enfrentar os grupos fascistas e a polícia militar, Boulos e o PSOL procuraram estabelecer acordos com João Doria e a fascista Polícia Militar para que as manifestações fossem “domesticadas” e aprovadas pela burguesia. E de fato conseguiram colocar em prática essa política. Estimularam a política do “abaixa a bandeira”, fizeram acordos com a PM e Doria para deixar a direita se manifestar, como foi denunciado pelo PCO e que até agora a esquerda combativa sofre com esse acordo. Isso porque no 1° de Maio, a polícia militar usou esse acordo para deixar a Avenida Paulista para a direita porque estava no rodízio entre a “esquerda” e a direita, e agora também no 7 de setembro a direita quer novamente a Paulista somente para eles baseado nesse acordo de Boulos e do PSOL.
Toda essa política encabeçada por Guilherme Boulos e o movimento “verde-amarelo” do Somos Democracia, que não tem nada de movimento e sim somente dois ou três integrantes do PSOL, liderados pelo coxinha Danilo Pássaro, estrangulou e acabou com as manifestações contra a direita por um longo período.
Agora estão fazendo o mesmo. Boicotam abertamente os atos que não lhe convêm e que não respondem aos interesses da golpista “Folha de S.Paulo”, como foi feito no 18 de agosto e agora vão na mesma política para o 7 de setembro.





