Essa semana o Ministro das Comunicações de Bolsonaro foi até os Estados Unidos para conversar com Elon Musk, o segundo maior bilionário do planeta, dono das empresas Tesla e Space X. Fábio Faria conversou com Musk sobre a Amazônia, supostamente sobre a implementação de satélites Starlinks, para conectar as escolas rurais com a internet, assim como monitorar o território para “proteger” a Amazônia.
Claro que a intenção de Musk não é a educação dos estudantes amazonenses, nem levar melhores condições de estudos para os índios. Também não são as intenções do governo brasileiro, completamente subserviente ao imperialismo norte-americano.
Trata-se de um plano para dar maior controle do imperialismo, sobretudo o norte-americano, sobre a Amazônia. Com uma rede de satélites para monitorar o território e uma ligação direta com a internet brasileira, Musk e o governo dos EUA, através de sua empresa, o poder de espionagem do imperialismo norte-americano aumenta muito.
Edward Snowden, ex-agente da NSA, denunciou as operações de espionagem do governo norte-americano, que praticamente tem acesso a toda informação que circula na internet no mundo inteiro.
Cabe lembrar quem é Elon Musk para entender que não te trata de um simples acordo comercial nem uma operação de filantropia. O burguês bilionário é responsável por apoiar golpes de estado na Bolívia para que sua empresa conseguisse lítio, metal importante na fabricação dos carros movidos à bateria elétrica de sua empresa Telsa. O próprio Musk admitiu em rede social. Quando questionado sobre o envolvimento da Telsa no golpe da Bolívia disse: “Vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso.”
O governo Bolsonaro têm sido um governo capacho dos EUA desde o princípio. O presidente bateu continência para a bandeira norte-americana, os agentes da CIA visitam o país com regularidade para falar com figurões do governo: Gal. Heleno, Gal. Braga Netto entre outros.
Agora com a Stalink da Space X não é diferente. Bolsonaro está dando aos americanos poder sobre um dos territórios mais cobiçados do planeta, a Amazônia.
O norte do Brasil é o lugar com a maior diversidade de flora e fauna no mundo, possuindo também petróleo, metais preciosos e importantes recursos para empresas de ponta. O país sempre teve que enfrentar a infiltração de empresas internacionais escondidas no território brasileiro como roubo de madeira e laboratórios farmacêuticos clandestinos no solo amazônico.
Em 1952, o então ministro das Relações Exteriores de Getúlio Vargas, um infiltrado no regime responsável pelo golpe no então presidente, foi o principal responsável por colocar o mapeamento do território brasileiro através de mapas e fotos nas mãos dos norte-americanos. Foi criada na época uma comissão mista entre Brasil e EUA. Mas os negativos das fotos tiradas ficaram com os americanos que também coletaram dados astronômicos, geodésicos geológicos, e ficaram com a coordenação de futuros programas de mapeamento do Brasil.
Agora, com tecnologia de satélite, o Brasil está cedendo mais uma vez informações cruciais sobre seu território para os norte-americanos fazerem o que bem entenderem.