A tucana fascista

Bia Doria, a “Damares” do governo de São Paulo

Sob a fachada de autoridade Bia Doria e Damares são a prova de que não basta ter mulheres na política

A “primeira-dama” do estado de São Paulo, Bia Doria, casada com o governador fascista João Doria, recorrentemente vem atacando as pessoas em situação de rua. Agora, em seu último discurso conservador ofende as mulheres, ao dizer que “mulher tem que se dar um pouquinho de valor”. A imprensa burguesa não deveria tratá-la como uma autoridade, pois o que ela é de fato é um monstro fascista, inimiga dos pobres e das mulheres, assim como a ministra Damares Alves.

As semelhanças entre as duas “autoridades” não estão apenas na sua política fascista fundamentalista, e nas suas declarações odiosas e demagógicas. Damares e Bia Doria comandam duas instituições voltadas justamente para atender as pessoas em situação de vulnerabilidade social. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e o Fundo Social de São Paulo, respectivamente.  

Em 2020 Bia Doria já deixou explicita sua monstruosa mentalidade burguesa que ojeriza aos pobres, ao declarar que “os moradores de rua não preguiçosos”, que resistem em procurar abrigos porque “não querem ter responsabilidades”, que marmitas não deveriam ser doadas a moradores de rua, pois “as pessoas gostam de ficar nas ruas” e elas “têm que se conscientizar e sair dessa situação”, e ainda que “a rua hoje é um atrativo, a pessoa gosta de ficar na rua”.

Ela leva adiante a mesma política tucana de seu marido e de Bruno Covas, dois grandes inimigos da população de rua. Só para dar alguns exemplos: Um que agride os moradores de rua com jatos d’água nas madrugadas do inverno paulistana, e o outro coloca blocos de cimento debaixo de viadutos para impedir que pessoas em situação de rua utilizem o espaço como dormitórios.

Bia Doria ao ser indagada sobre o machismo, diz que vê “maldade nas mulheres… que a mulher tinha que se dar um pouquinho de valor. A gente quer que os homens nos respeitem, mas temos também que respeitar e não sermos tão agressivas e sair falando besteira. Se queremos ter igualdade, temos que nos portar à altura”, em entrevista a Universa, no dia 19 de março de 2020.

Essas declarações são tão parecidas e tão piores com as da ministra Damares que recorrentemente acusa as mulheres de serem as responsáveis pela violência, que a mulher que usa saia merece ser estuprada, dentre outras barbaridades ditas pela bolsonarista. Damares, também chegou a declarar, em uma coletiva sobre a situação dos moradores de rua na pandemia do Covid-19 que: “não são muitos [contaminados]. E por que não são muitos ainda? Ninguém pega na mão deles, ninguém abraça morador de rua, infelizmente”.

Quando se sabe, que os dados disponíveis, pelo contrário, mostram que contaminação e a taxa de mortalidade é sempre maior nas populações mais pobres, para todas as doenças, mesmo considerando que os “sem teto” não aparecem nas estatísticas, além de não terem acesso ao atendimento, muito menos aos testes para o novo coronavírus.  

A “Damares” do governo de São Paulo, avessa àqueles que deveria atender atacou essa semana o Padre Júlio Lancellotti ao declarar: “Tira um prato de comida do padre Júlio Lancellotti para ver como ele grita. Agora pergunta quantas pessoas ele tira da rua? As pessoas precisam voltar para a sociedade, as pessoas precisam tirar da cabeça esse assistencialismo”.

Bia Doria, que ensaia para ser a futura “primeira dama” do Brasil, está bem alinhada com a política da bolsonarista Damares de devastação dos poucos direitos até então conquistados pelas mulheres e pelas classes desfavorecidas. Sob a fachada de autoridade as duas são a prova de que não basta ter mulheres na política. É preciso mulheres que combatam a opressão.

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