─ Prensa Latina ─ Centenas de milhares de funcionários de bancos públicos indianos continuaram em greve hoje pelo segundo dia consecutivo para protestar contra as novas propostas de privatização do governo.
O fechamento de agências em várias partes do país ocorreu nesta sexta-feira após a convocação de greve feita pelo Fórum Unido dos Sindicatos Bancários (UFBU).
Este órgão reúne nove sindicatos, incluindo a Confederação de Funcionários de Bancos da Índia (Aiboc), a Associação de Funcionários de Bancos da Índia (Aibea) e a Organização Nacional de Trabalhadores de Bancos (NOBW).
Serviços como depósitos e retiradas em agências, compensação de cheques e aprovação de empréstimos permanecem suspensos devido à greve.
Credores do setor público, incluindo o Banco do Estado, informaram aos clientes que os serviços em suas agências poderiam ser afetados devido ao protesto.
No entanto, o setor privado, especialmente os da nova geração, como o HDFC Bank, o ICICI Bank e o Kotak Mahindra Bank, estão funcionando normalmente.
A manifestação vai contra a decisão do governo de privatizar os bancos do setor público, que desempenham um papel vital na construção do país, disse o secretário-geral da Aibea, C H Venkatachalam.
Por sua vez, o secretário-geral da Aiboc, Soumya Dutta, disse que cerca de 700 mil funcionários em todo o país participam da greve.
No orçamento nacional apresentado em fevereiro passado, a Ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, anunciou a privatização de dois bancos do setor público como parte do plano de desinvestimento.
Para facilitar a privatização, o Governo incluiu o Projeto de Emenda da Lei Bancária de 2021, para introdução e aprovação durante a atual sessão do Parlamento.
Na Índia, 14 bancos do setor público foram fundidos nos últimos quatro anos, disse a fonte.
