A Polícia Militar do Estado de São Paulo, a mando do governador João Doria (BolsoDoria), decidiu impedir, de forma arbitrária e ilegal, o ato de 1º de Maio no MASP, na Avenida Paulista.
A direção nacional do PCO se reuniu hoje (26) com a PM e protestou contra a decisão. O Partido não aceitou a proibição e não houve acordo, portanto. Assim, a PM levará a decisão para o Ministério Público, mas, tendo em vista o quão reacionário é esse órgão, é possível imaginar qual será o veredicto.
É importante entender que tal decisão, de caráter fascista, tem um precedente. Em meados do ano passado, quando as torcidas organizadas estavam se radicalizando e se preparando para expulsar os bolsonaristas das ruas, Guilherme Boulos fez um acordo “clandestino” com a PM para dividir a Avenida Paulista com os fascistas. Isso significou que, como a esquerda pequeno-burguesa ficou em casa esse tempo todo, ela entregou a Paulista à extrema-direita.
Naquele momento o PCO se colocou absolutamente contra esse acordo. Os militantes do Partido não aceitaram tamanha capitulação e mantiveram as manifestações, ora na Avenida Paulista, ora na Praça Roosevelt, sem deixar que em um único final de semana a direita tomasse as ruas para ela.
Diante da situação imposta neste momento, o PCO decidiu que, novamente, não irá aceitar essa nova imposição do governo Doria, que – aliando-se a Bolsonaro – pretende deixar as ruas livres para os fascistas.
Por isso a direção do Partido mantém o chamado ao ato do Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, agora com concentração na Praça da Sé, local tradicional de atos de 1º de maio da classe operária. Essa decisão é para garantir que seja realizado o único ato de 1º de Maio de toda a esquerda nacional.
Todos à Praça da Sé neste sábado, às 14h!
As ruas são dos trabalhadores!