O ano de 2021 foi de uma importância muito grande para o Partido da Causa Operária. O aumento da polarização política gerou uma situação de intensa movimentação em diversos setores da sociedade. E muito dessa movimentação foi incentivada e até provocada pela atuação do PCO junto com os Comitês de Luta e outros setores próximos ao partido.
As manifestações que ocorreram ao longo do ano começaram justamente devido aos atos chamados pelo PCO, primeiramente no dia 31 de março – contra as celebrações do golpe de 1964 por parte de direita, e depois no dia 1º de maio – ato que levou milhares de pessoas à Praça da Sé e mostrou para o resto da esquerda a importância de se mobilizar o povo neste momento, justamente para não ser passado para trás pelo movimento popular.
Em meio às mobilizações que se sucederam ao 1º de maio, foram muitos episódios protagonizados pelos setores mais combativos dessas manifestações que demonstraram a vontade do povo de reagir à direita, que causou as mazelas que estão enfrentando no último período. Em muitas delas, foi atribuído ao PCO a causa do enfrentamento. É evidente que uma parte dos simpatizantes e militantes do partido poderiam estar envolvidos nesses episódios, mas o fundamental é saber que todo o povo queria se enfrentar com a direita e foi a mobilização popular que possibilitou isso. O mais importante é lembrar que foram esses enfrentamentos que impediram que atos populares e de esquerda fossem tomados por golpistas e direitistas de todo o tipo, impossibilitando, em grande parte, a manobra da 3ª via.
Neste texto, procuraremos demonstrar alguns dos episódios em que ocorreram esses enfrentamentos no ano de 2021. Lembrando que houve muitos outros em tempos passados, que deram ao PCO a fama de Partido que “bate na direita” ou que “bate no MBL”. Segue abaixo as principais “brigas” de 2021:
Ato “Fora Bolsonaro” em Araraquara
Este evento ocorreu no ato do dia 31 de março, na cidade de Araraquara, em que o PCO, os comitês de luta, militantes do PT e de outras organizações estavam organizando um ato contra a celebração do golpe de 1964 por parte da direita.
Já havia um certo clima de tensão envolvendo a manifestação devido à proibição dos atos públicos por parte do prefeito Edinho Silva (PT), como parte de sua política “linha dura” de lockdown, o que gerou muita repressão na cidade.
Mesmo assim, os militantes saíram às ruas e realizaram o ato com algumas dezenas de pessoas, que gritavam palavras de ordem como “Fora Bolsonaro”. Num determinado momento, um apoiador do presidente de extrema-direita quis se enfrentar com os manifestantes e acabou se dando mal, segue abaixo o vídeo:
https://www.facebook.com/portalmorada/videos/809604349647335
Expulsão dos “gusanos” do consulado cubano, 12 de julho
No mês de julho, o imperialismo impulsionou uma série de atos contra o governo cubano em diversos municípios da ilha. Os atos tinham como hino a canção “Patria y vida”, de um grupo de músicos contrários ao regime, apoiados pelas principais gravadoras dos Estados Unidos. Eles tentaram fazer o mesmo em diversos outros países do mundo, particularmente no Brasil. No entanto, foi graças à ação de militantes do PCO e dos Comitês de Luta que os gusanos foram expulsos do consulado cubano em diversas cidades, particularmente em São Paulo.
A participação do PCO e da esquerda combativa nesses atos foi fundamental para mostrar para os gusanos que os defensores da revolução cubana são maioria e que eles não irão conseguir fazer esse tipo de ataques impulsionados pelo imperialismo:
PSDB é colocado para fora da Avenida Paulista, 3 de julho
Mesmo antes do evento ocorrido no consulado cubano, o enfrentamento com a direita havia se dado em plena Avenida Paulista, quando bate-paus do PSDB fantasiados de militantes procuraram se infiltrar no ato realizado pela esquerda.
A visão da faixa do PSDB em meio a um ato convocado pelos partidos de esquerda e pelos movimentos populares causou grande incômodo em todos os presentes, o clima era de bastante tensão e de provocação com os indivíduos trajando as cores dos tucanos. Em um dado momento, as provocações acabaram se tornando “pancadaria” e os apoiadores de João Doria levaram a pior:
A importância de não capitular para a direita
É possível ver que a atuação de alguns militantes do PCO, do PT e das alas mais combativas das manifestações foi fundamental para impedir que a direita tomasse conta de atos e até de atacar locais importantes como o consulado cubano.
A vontade de se enfrentar com a direita era grande e foi bem expressa por esses setores que não aceitaram a presença e nem a ofensiva dos direitistas nos locais e atos pertencentes à esquerda. Se hoje uma parte dos bolsonaristas se encontra na defensiva, é, em parte, graças à atuação da esquerda combativa que os impediu de levantar a cabeça em diversos momentos, e o mesmo foi feito com outros setores direitistas, como o PSDB.
Em 2022, é preciso se manter combativo e disposto a enfrentar a direita com o mesmo vigor, para que possa ser feita a defesa da candidatura de Lula e das pautas populares que a ela estão relacionadas!
Abaixo, alguns vídeos de outros enfrentamentos mais antigos não citados pela matéria:
