O governo do Rio Grande do Sul, encabeçado por Eduardo Leite (PSDB) declarou nesta segunda-feira (15) a retirada do limite de ocupação de 50% de alunos por sala de aula em instituições de ensino no estado. O que significa as aulas poderão ocorrer sem limite máximo por sala, em meio a pandemia do coronavirus que agora, devido ao descaso usual do governo, mata mais de 2 mil brasileiros por dia. Mesmo que o sistema de distanciamento em sala de aula não seja o suficiente para conter a contaminação, algo que apenas o fim da volta as aulas em período de pandemia resolveria, a retirada completa do limite apenas reitera o que o PCO vem falando desde o inicio da pandemia: A burguesia que movimenta a politica nacional para a confecção destas medidas não tem preocupação alguma, zero, com o bem estar da população, ou com a saúde, educação (ou saúde mental, como alegaram os “pedagogos” direitistas que defenderam a volta as aulas) dos estudantes.
Para o Sindicato dos professores(as) e funcionários(as) de escola do Estado do Rio Grande do Sul(Cpers), a decisão do governo Eduardo Leite (PSDB) “trata-se de algo inédito no mundo, sem paralelos na irresponsabilidade e no desrespeito à vida”. “Não há mais restrições à circulação do vírus nas escolas, de resto já abandonadas à própria sorte pela falta de fiscalização, ausência de testagem, incompetência na entrega de EPIs e graves carências estruturais, financeiras e de recursos humanos”, diz nota da entidade, aludindo a um erro de compreensão: não havia restrições antes, agora não há nem mais a ilusão de uma restrição a circulação do vírus na escola.
A medida deste senhor “civilizado” do PSDB seria similar ao que ocorreu em Santa Catarina esta semana (17). Autorizada pelo Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), começou o retorno das aulas presenciais com até 100% da capacidade das salas independentemente da região à qual a escola pertence e seu respectivo grau de risco.
Afinal, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) é colocado, similarmente a Doria, como possível candidato a presidência em 2022, supostamente “enfrentando” Bolsonaro como candidatos do “centro cientifico e civilizado”, mesmo que as medidas e politicas não mudem em quase nada entre este centro civilizado e a extrema-direita fascista. O que esta sendo disputado com Doria por Leite, por outro lado, é a quantidade de genocídio que estes conseguem realizar no mais curto período de tempo.
A greve dos estudantes e professores contra a volta as aulas é a alternativa mais correta, e a mais necessária na conjuntura atual, para se defender contra estes ataques da burguesia genocida contra o povo. Não se devem alimentar ilusões, estas políticas e movimentações agem contra os estudantes e demais setores da comunidade escolar (pais, funcionários e professores), e não passa de uma articulação que pretende promover um genocídio da juventude em escala nacional. A tarefa para a juventude já foi posta, e não há outra saída: é necessária a GREVE pela suspensão do calendário escolar até o fim da pandemia e a vacinação dos estudantes.