Conhecido pelas trapaças jurídicas que impediram o candidato mais popular do país de concorrer às eleições de 2018, Sergio Moro, o “Mussolini de Maringá”, não foi apenas um juiz corrupto, vendido ao imperialismo que, apesar de sua deficiência cognitiva, teve um papel importantíssimo no golpe de Estado. Moro será para sempre lembrado como um déspota, um carrasco inimigo dos trabalhadores e dos oprimidos pelo sistema capitalista.
Há tempos, Sergio Moro é um dos representantes da máquina de moer a população. Atuando no antidemocrático sistema judiciário brasileiro, já dava mostras de atuação política, consagrando-se como um sujeito antipopular ao liderar uma operação judicial implacável contra agricultores familiares e servidores públicos. Com o uso do modus operandi utilizado pelo imperialismo para forjar operações e perseguir inimigos políticos sem provas, o juiz promoveu uma verdadeira cruzada contra agricultores familiares pobres, acusando-os de formação de quadrilha e desvio de dinheiro público. Doravante, essas acusações seriam arquivadas por absoluta falta de provas.
Sob segredo de justiça, a operação encabeçada por Moro atribuiu à Polícia Federal a tarefa de reprimir o assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte, Paraná. O resultado da operação foi zero; ao menos para o sanguinolento juiz e seus capangas da Federal. Nada fora achado. Mas para dona Marli e outras oito pessoas, a sequela indelével de uma prisão coercitiva ficará na memória assim como um animal é ferrado para a vida inteira.
Esse tratamento, no entanto, não se resumiu aos intentos arbitrários de Moro. Os assentados ficaram impedidos de escoar a produção de alimentos orgânicos para programas sociais, levando a uma enorme crise econômica dos trabalhadores. Sua parceira, Gabriela Hardt, juíza conhecida por copiar e colar o processo farsesco do ex-presidente Lula, substituiu-o na Operação Agrofantasma, a qual reprimiu os assentados e absolveu todos os indiciados. Nem mesmo sua estagiária foi capaz de levar até as últimas consequências tamanha arbitrariedade.
Evidentemente, a fala de Moro em “prender gente poderosa e com provas” é pura falácia. Assim como tantos outros do judiciário, Moro é um dos responsáveis pelo terrorismo de Estado praticado contra os trabalhadores e todos os setores oprimidos da população. A justiça, no Estado capitalista, é parcial e quem leva a melhor é a camada social exploradora, isto é – a burguesia. No caso de Moro, nem mesmo a burguesia brasileira, mas a estrangeira, a imperialista.