O prefeito bolsonarista de Porto Seguro, no extremo-sul da Bahia, Jânio Natal , dando continuidade à política de apartheid levada a cabo por toda a direita do país nesse fim de ano, proibiu os vendedores ambulantes da cidade de irem às ruas para trabalhar.
O ocorrido se passou com os comerciantes da chamada “Passarela do Álcool”, ponto turístico da cidade famoso tanto no Brasil quanto no exterior e muito procurado pelos turistas que estão pela cidade para o Réveillon. A prefeitura iniciou obras no local esse ano e em promessa feita aos barraqueiros na câmara de vereadores, o secretário de obras Denisson Rocha disse que as mesmas terminariam até o dia 15 de dezembro e que mesmo se isso não acontecesse e a prefeitura não conseguisse cumprir com os prazos os comerciantes poderiam voltar ao local durante as festas de fim de ano para poder trabalhar. A promessa não foi cumprida.
“Passamos a pandemia toda sem poder trabalhar direito, agora que ganharíamos um dinheiro, o prefeito Jânio Natal faz isso com a gente.” disse um dos comerciantes.
O prefeito, desde a última quinta-feira (23), colocou nas ruas uma ação da prefeitura de retirada das barracas de artesanato que ocupavam a passarela, deixando dezenas de barraqueiros sem os seus meios de sustento.
A ação desencadeou um protesto por parte das vítimas dessa ação ditatorial. Os manifestantes fecharam a via e impedem a passagem de veículos no local.
Anteriormente a prefeitura já havia declarado que no carnaval de 2022 os ambulantes da passarela do Álcool também serão drasticamente prejudicados dado que em decisão inédita foi decidido que os blocos de carnaval deixarão de acontecer na tradicional passarela para ocorrer na orla norte perto da rede hoteleira da cidade, o que mostra uma clara intenção de elitização do evento.