O derby ocorrido no último domingo, 16, pela semifinal do Paulistão aconteceu com menos de 48 horas do último jogo do Palmeiras no campeonato paulista. A equipe alviverde havia jogado pelas quartas de final do mesmo campeonato às 21h15 da sexta anterior contra o Red Bull Bragantino.
Isso ocorreu porque existe um contrato pré-existente entre a emissora golpista e os clubes.
O início do imbróglio se deu quando a Globo confirmou em comunicado na noite da própria sexta-feira (14) que a semifinal seria exibida no domingo às 16 horas. Isso só não ocorreria se a Ferroviária vencesse o São Paulo, caso que não aconteceu.
A FPF (Federação Paulista de Futebol) alegou aos clubes que não tinham outras datas para a realização dos jogos, Corinthians x Palmeiras às 16h e São Paulo x Mirassol às 20h30 ambos no domingo (16).
Outro fator crucial é a obrigação contratual da emissora com o campeonato, a emissora golpista é obrigada a exibir em TV aberta no mínimo um jogo do mata-mata e os dois jogos da final, contrato este que termina este ano, assim sendo o último contrato que a Globo tem com os esportes, tendo em vista que desde as Olimpíadas de 2016 a emissora vem perdendo concessões sobre as transmissões “exclusivas”.
O derby ocorreu nesta data e horário porque é o horário oficial da grade da emissora, a Globo não iria substituir programas como “Domingão do Faustão” ou “Fantástico” para exibir o jogo, e também não iria mudar sua grade já famigerada às segundas-feiras para exibir o clássico.
Tudo isso ocorre na luta pelo IBOPE, a emissora sabe bem que aos domingos às 16 hora o futebol é seu carro chefe, essa decisão foi aceita pelos clubes sem o aval dos jogadores e comissões técnicas.
O técnico português do time alviverde já fez duras críticas ao calendário futebolístico brasileiro, Abel Ferreira comentou que esse calendário é desumano, os clubes e emissoras somente visam o lucro e em nenhum momento se preocupam com as condições físicas e mentais dos jogadores, por conta da sequência atroz de jogos no continente americano, tendo em conta o desencontro de datas de jogos das entidades do continente, CONMENBOL, CBF, FPF, o calendário é montado conforme a grade de horário das TVs e não do descanso necessário aos jogadores, com isso o futebol brasileiro vai sendo cada vez mais precarizado, pois os técnicos são obrigados a escalar times alternativos para preservar a saúde de seus jogadores.
Não ao clube empresa, devolvam o futebol ao povo.
“O FUTEBOL VOLTARÁ A SER DO POVO” (Costanera – Lupito)