Nesta sexta feira, o Internacional deu inicio a uma nova onda de cortes através do anúncio de demissões de funcionários e revisão de contratos em todas as áreas. Ao todo, foram demitidos 45 funcionários. O despejo dos trabalhadores do Inter vem de uma politica aplicada pelo CEO Giovane Zanardo, responsável pela parte financeira, argumenta em nota assinada que as demissões tem o intuito de uma ”reestruturação administrativa”, reavaliando contratos e reduzindo gastos com o clube
O campeão quebrado
O time havia se destacado em 2020 com aumento do seu desempenho em jogo, saindo da série B para Vice-campeão do Brasileirão e Copa do Brasil do ano passado, mesmo com a fragilidade financeira e demissões em massa, vem tentando sustentar sua posição entre os demais adversários. O meio de campo Edenilson argumenta:
“É um momento importante da competição. Conseguimos crescer nos últimos jogos, quando tivemos mais tempo para treinar, e isso faz toda diferença. Foram sete pontos em nove disputados, o que é muito bom, e queremos manter”
Crise sanitária e econômica
A pandemia da COVID-19 implicou em uma serie de medidas de restrição para o convívio social, inúmeros setores foram afetados pela situação pandêmica e pela loucura neoliberal, o desemprego e a inflação batendo recordes a cada mês, a venda do máximo de setores de estratégicos controlados pelo Estado e a crise capitalista mundial que cada vez mais se aprofunda, em meio a toda balbúrdia na economia, os times de futebol não saíram ilesos, pelo contrario, foram os bastante feridos na sequencia de ataques. A receita dos times tiveram arrecadação de apenas 66% em comparação ao ano de 2019, em dados colhidos pela Globo Esporte, o Internacional teve perdas nas suas receitas no valor aproximado de 11 milhões de dólares com arrecadação em bilheteria em 2020
Dividas, crises e lucro, o que fazer para manter os bolsos cheios?
Com a crise financeira afetando os demais clubes, em foco o Inter, os cartolas costumam pular fora e sair vendendo tudo o que da sustentação ao clube, somado a enorme divida do clube, deixa de mãos atadas perante o jugo dos empresários, que cortam os ditos “gastos”, funcionários, trabalhadores antigos, que agora são considerados inúteis para manter os bolsos cheios da diretoria, a lógica capitalista não se aplica apenas em empresas formais, mas em todas as relações sociais