A questão Geraldo Alckmin (ex-PSDB) continua incomodando e desmoralizando a militância de base que quer derrotar o golpe e eleger um governo popular que enfrente de fato a burguesia golpista no Brasil.
Enquanto essa burguesia planta o nome de Alckmin para ser vice de Lula, um vice que não tem voto e nem influência alguma no jogo político, tamanha impopularidade e estágio de ostracismo político em que ele se encontra, ela também cavará acusações falsas contra Lula para continuar a operação de desgaste do PT e da maior liderança popular do País.
A burguesia joga sujo e a esquerda pequeno-burguesa que ainda pensa em apoiar esse golpista na chapa de Lula finge esquecer do currículo de carrasco, corrupto e golpista de Alckmin.
Os escândalos da gestão Alckmin sempre foram abafados pela imprensa burguesa e pelos parlamentares golpistas da burguesia. Durante os longos mandatos dele no governo do Estado de São Paulo, a bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou 23 pedidos de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI). Dois pedidos apenas foram acatados: a CPI da merenda e a das OSs (termo que faz referência aos contratos do Governo do Estado de SP, Prefeitura e as organizações sociais de saúde).
Com apoio da maioria dos deputados da assembleia legislativa estadual, toda corrupção e desmandos do governo Alckmin foram blindados, abafados para preservar sua imagem, enquanto a máquina estatal fazia suas campanhas. Segundo a deputada estadual Beth Sahão (líder da bancada do PT na Alesp),
Infelizmente o governador e todo o PSDB vem sendo ao longo desses anos todos de dinastia tucana no estado tanto blindado pela imprensa quanto por setores do Ministério Público e Judiciário
A CPI da merenda escolar, instalada em maio de 2016, foi considerada uma vitória dos estudantes paulistas na época. Os deputados da oposição só conseguiram vencer o rolo compressor da corrupção tucana com o apoio dos estudantes que ocuparam a Alesp e exigiram a instalação da CPI. “Nós só conseguimos instituir uma CPI para investigar o roubo na merenda porque houve uma ocupação estudantil. Algo inusitado que chamou atenção nacional para a Assembleia Legislativa, assim os deputados ficaram constrangidos e foram obrigados a assinar a criação da CPI”, disse à época o deputado Rillo.
O crime de Geraldo Alckmin com a merenda escolar consistia no superfaturamento no fornecimento dos alimentos e contratos fraudulentos com a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), da cidade de Bebedouro (SP), com a Secretaria de Educação. O esquema envolvia ainda 22 prefeituras, um grande escândalo.
O ex-presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), foi denunciado pelo Ministério Público por corrupção e lavagem de dinheiro nessa máfia da merenda, mas o Supremo Tribunal Federal interrompeu a ação penal contra Fernando Capez. É sempre assim: uma instituição, por demagogia, acusa e a outra abafa, num grande conluio mafioso em prol do governo do PSDB, o partido da burguesia golpista e corrupta.
Quando não é o STF que abafa é o próprio Ministério Público. “Muito embora os resultados da CPI não foram ainda levados a cabo pelo Ministério Público, nós encaminhamos relatório em separado, não o aprovado, mas o que nossa bancada apresentou separadamente e isso até agora no Ministério Público não virou em nada”, disse a deputada Beth Sahão.
É esse o suposto vice que a ala direita do PT e da esquerda pequeno-burguesa e parlamentar querem na chapa de Lula, um carrasco, corrupto, privatizador, cujo papel na vice-presidência será semelhante ao de Temer, a serviço da burguesia e da permanência do golpe contra o PT, Lula e o povo brasileiro. A esquerda não pode aceitar esse sujeito, Cavalo de Troia, inimigo dos trabalhadores, como vice. É preciso mobilizar a população, os movimentos sociais e lutar por um vice de luta, do povo, que ajude a derrotar o Golpe de Estado no Brasil.