A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a única ligada à classe trabalhadora, com base social e sindical, capaz de interromper o golpe contra o Brasil iniciado em 2016.
A esquerda pequeno-burguesa, que vive a serviço e a reboque da direita, juntamente com setores bolsonaristas, acusa Lula de ser o candidato da burguesia, mas é um engano, um ataque à candidatura do petista. Lula tem relações comuns, de fato governou o país com ela de forma conciliatória por oito anos, mas foi duramente golpeado por essa burguesia, com apoio de muitos políticos daquela esquerda que fazem demagogia com o seu nome, como é o caso, por exemplo, do psolista Guilherme Boulos, contra quem uma bem documentada reportagem de investigação de Rui Costa Pimenta e João Jorge Pimenta denunciou suas ligações comprometidas e suspeitas com institutos e personagens imperialistas e golpistas na América Latina.
A candidatura de Lula está sendo alvo de ataques, sabotagens, mentiras e agressões há muito tempo. A campanha de ataques será intensificada agora em ano eleitoral. A vitória de Lula significa a interrupção do golpe. Segundo Rui Costa Pimenta, “Lula é tabu político, está sendo vetado”. Ninguém anuncia a agenda política dele, cuja última viagem à Europa mostrou muito prestígio e popularidade tanto com a esquerda quanto com a direita, inclusive com direitistas que apoiaram o golpe imperialista de 2016. Apesar dessa boa relação, ele não será aceito pelo regime, inclusive terá que enfrentar diversos planos, como o fim do presidencialismo, dentre outras manobras.
A candidatura de Lula representa mais soberania e respeito para os países da América Latina, apesar de todas as dificuldades e vacilações do maior partido de esquerda da América, que é o PT, que precisa mobilizar suas bases, sindicatos, associações e centenas de militantes para apoiar a candidatura de seu maior líder político.
No próximo dia 12 de dezembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, uma quantidade significativa de trabalhadores de várias regiões do país irão comparecer ao ato em prol da candidatura de Lula. A convocação desse ato, sabotado pela esquerda pequeno-burguesa, foi uma iniciativa democrática, decidida coletivamente por vários militantes e organizações na Plenária Nacional do Bloco Vermelho, realizada nos dias 6 e 7 de novembro em São Paulo.
Antônio Carlos, da Corrente Sindical Causa Operária, dirigente nacional do PCO, convoca todos para esse ato e diz que ele “dará continuidade à luta dos setores classistas do Movimento Fora Bolsonaro contra a política de destruição do movimento, desejada pela direita e defendida pelos setores pequeno-burgueses da esquerda que defendem a política de derrotas da frente ampla com a direita golpista.”
A Frente Ampla, em crise e sem um candidato viável, o que ficou explícito na fracassada prévia presidencial do PSDB – principal partido do golpe -, irá atacar de todas as maneiras a candidatura de Lula, pois esse agrupamento golpista não tem voto, senão apoio da burguesia para manter esse estado de calamidade que se encontra o Brasil sob a (in)gerência de Bolsonaro, o qual poderá ser apoiado por essa Frente golpista para não deixar Lula e o PT chegarem novamente ao poder, como indicam todas as pesquisas feitas pelos próprios institutos golpistas.
Ainda segundo Antônio Carlos, o ato do dia 12, que deverá reunir uma massa de militantes aguerridos, “é uma iniciativa também que vai contra as manobras da direita de controlar a candidatura de Lula, como a campanha em favor de um vice golpista, como Alckmin, para a maior liderança popular do País.” A direita golpista, na impossibilidade de barrar a candidatura de Lula ou vencê-lo nas eleições, mesmo após todas as sabotagens e manipulações, tentará controlá-la de todas as formas maios vis possíveis.
Por isso, diante de todos os ataques que Lula já vem sofrendo da direita, da extrema-direita e da esquerda pequeno-burguesa(que está e precisa continuar sendo desmascarada, pois continua a serviço da burguesia contra Lula e o PT), é preciso tomar novamente as ruas, convocar os trabalhadoras das fábricas, favelas, os sindicatos, associações e todos os militantes que querem um país soberano, livre da política violenta do neoliberalismo, a fim de que Lula no governo possa fazer um mandato o mais popular possível, pois precisaremos continuar nas ruas para que deixem ele fazer um governo que favoreça a população e ponha fim a esse regime fascista de fome e miséria que a direita dita liberal e “civilizada” nos jogou.
Dia 12 de novembro, em São Paulo, todos às ruas com o Bloco Vermelho para continuarmos a luta contra o golpe e pela vitória popular de Lula Presidente!