Há 31 anos, num 08 de agosto como hoje, os iraquianos iniciaram uma ofensiva contra o Kuwait que culminou na anexação do país ao Iraque. A disputa entre os dois países deu-se entorno da questão petrolífera, uma vez que o então presidente iraquiano Saddan Hussein, alegava que o Kuwait atuava para inviabilizar o comércio de petróleo pelo seu país ao oferecer o produto no mercado internacional a preços muito baixos.
A perda de mercado por parte do Iraque forçou o país a baixar drasticamente os preços do barril de petróleo, incompatíveis com os custos de produção do período. Uma forma encontrada pelos iraquianos de compensar estas perdas foi a de exigir uma indenização ao governo do Kuwait que por sua vez não aceitou o acordo e rejeitou indenizar o país vizinho.
Além disso, outra questão envolvendo os países do Oriente Médio era a reivindicação do Iraque da devolução de parte do território do Kuwait que sob a alegação histórica seria território iraquiano.
Sem ceder em nenhuma das frentes, o Kuwait teve finalmente seu território invadido por tropas do Iraque que imediatamente ocuparam de forma estratégica os campos de produção petrolífera do país.
A guerra
A Organização das Nações Unidas (ONU) prontamente condenou a ação iraquiana e passou a exigir a retirada das tropas de Hussein do Kuwait. Paralelamente, o imperialismo norte-americano, os Estados Unidos passaram a enviar tropas e aviões de combate para o reino da Arábia Saudita onde se preparam para uma invasão militar.
Com a resistência do Iraque em não retirar seu exército do Kuwait, a ONU então autorizou de forma criminosa a invasão militar imperialista do Iraque.
De forma totalmente desproporcional Inglaterra, França, Egito, Síria, Arábia Saudita, sob a liderança dos Estados Unidos, atacaram o Iraque em janeiro de 1991 e durante um mês e meio destruíram o país.
A derrota do Iraque com o cessar fogo de abril de 1991 forçou o país a retirar suas tropas do Kuwait, e mergulhou a nação iraquiana numa série de embargos econômicos com a anuência da ONU.
Apesar das mais de 150 mil mortes de civis e soldados pelo imperialismo durante a guerra e dos incontáveis prejuízos econômicos que vieram na esteira desta, o político nacionalista Saddam Hussein conseguiu manter-se no poder do Iraque e de forma surpreendente reorganizou, ao longo dos anos, a economia e o poder militar iraquiano.
Já em março de 2003, uma nova coalizão de países imperialistas liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido invadiu novamente o Iraque com a missão de destituir Saddam, no poder desde 1979.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush alegava falsamente que Iraque havia desenvolvido armas de destruição em massa e também de manter relações com a Al-Qaeda.
Saddan foi capturado em 13 de dezembro de 2003 durante a chamada Operação Red Dawn, e o seu julgamento ocorreu sob um governo iraquiano interino.
No dia 5 de novembro de 2006 Saddan Hussein foi condenado à morte por enforcamento devido a crimes contra xiitas iraquianos cometidos teoricamente em 1982. Sua execução foi realizada em 30 de dezembro de 2006.