Carmen Silva se apresenta como liderança do Movimento dos Sem-teto do Centro (MSTC). No dia das manifestações pelo “fora Bolsonaro”, em 3 de julho, na avenida Paulista, surpreendentemente ela apareceu no internet acusando o PCO de agressão.
Dizemos surpreendentemente porque o entrevero no ato havia sido entre militantes do PCO, PT, ou seja, a esquerda, e os contratos pelo PSDB para segurar uma ou duas feixas na manifestação. Esse entrevero, todos podem assistir, há vários vídeos circulando na internet e até mesmo na imprensa burguesa. Mas onde entra o MSTC nessa história? Ninguém sabe. O que se sabe é que Carmen e aqueles que repercutem suas calúnias são pessoas mentirosas que estão a serviço do PSDB. Afinal, no momento em que há um embate entre a esquerda (PCO) e o PSDB, atacar o primeiro é automaticamente se colocar do lado do segundo.
Além da nota pública, Carmen Silva também foi convidado em um programa do Youtube da revista Fórum, de Renato Rovai, que repercutiu as mentiras sem se preocupar em verificar os fatos e procurar as partes, dando uma aula de como fazer um jornalismo canalha, bem ao estilo da imprensa golpista rasteira.
Vejamos alguns pontos que mostram por que as acusações de Carmen Silva são falsas.
1. O PCO atacou o MSTC
Essa história é desmentida pela própria versão de Carmen. Na nota emitida pelo MSTC, afirma-se que Carmen Silva e alguns membros do movimento teriam entrado para apartar a briga entre o PCO e o PSDB. Num tuíte do dia 4 de julho, Preta Ferreira, filha de Carmen e também liderança do MSTC, também afirma que “nos deparamos com uma briga, pessoas vestidas com as cores do socialismo e do partido da causa operária e pessoas do PSDB. Minha mãe sem nem pensar entrou no meio apartando, contendo a briga”.
Em resumo, segundo o próprio MSTC, se houve algum problema com seus militantes, não passou de algo colateral, por estarem tentando apartar uma briga.
Coisa muito diferente é uma agressão voltada e organizada por parte do PCO contra o MSTC, que é exatamente o que querem dar a entender, Portanto, uma calúnia e uma provocação por parte de Carmen Silva.
2. O PCO espancou pessoas
Uma acusação absurda é a de que o PCO ou alguns militantes do PCO teriam “espancado” algumas pessoas do MSTC.
Trata-se de mais uma mentira descarada. Se houve espancamento, onde está o espancado ou os espancados? Onde está o vídeo de uma pessoa sendo espancada?
Das dezenas de vídeos e fotos que estão circulando em absolutamente nenhuma é possível ver ninguém sendo espancado. O que fica claro que houve nada mais do que troca de socos, empurrões e alguns safanões. Em nenhum dos lados apareceram pessoas com ferimentos graves.
Para quem tem dúvida, é bom entendermos bem o que é um espancamento. Não se trata de simples troca de agressões como ocorreu na confusão, espancar alguém é quando um ou mais pessoas encurralam alguém e bate até desmaiar a pessoa. É uma ação violenta muito séria contra uma pessoa.
3. “PCO bateu em mulher”
Carmen diz que o PCO bateu em mulher. Para essa calúnia, vale a mesma coisa do ponto anterior: onde está o vídeo da mulher apanhando? Onde está a mulher ferida? São acusações, faltam as provas!
Sobre isso, ainda, vale um comentário: seria factível que em uma manifestação de esquerda, com dezenas de milhares de pessoas, uma mulher fosse agredida sem que as pessoas a defendessem? Claramente que não!
4. “PCO roubou celulares”
Essa acusação, antes mesmo de ser caluniosa, é ridícula.
Como é que o PCO, uma entidade jurídica, roubaria um celular de alguém?
Por que motivo um militante de esquerda roubaria um celular de outro.
O conteúdo político dessa acusação mentirosa é bem claro. Trata-se de imputar ao partido e seus militantes um crime comum. Ou seja, é uma acusação de tipo policialesca, portanto fascista. E novamente, a líder do MSTC e a revista Fórum se alinham ao PSDB.
Fica claro que se trata de calúnias baixas e mentirosas. A única serventia disso tudo? Defender o PSDB, esse partido inimigo do povo, que entregou as riquezas nacionais, que bate em estudantes e professores com a Polícia Militar e outros ataques.