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Retomada das lutas

2022 tem que ser o ano das invasões de propriedade no campo

É preciso um plano nacional de ocupações de terra para derrotar Bolsonaro e fazer a reforma agrária

Após o golpe de Estado em 2016 e depois com a eleição fraudulenta que levou Jair Bolsonaro à presidência da República, o número de ocupações de terra no Brasil foi praticamente nulo e chegou a apenas quatro ocupações de terra no ano de 2019.

Esse número foi comemorado por Jair Bolsonaro e os latifundiários diante de um aumento enorme da repressão e dos cortes em todos os programas de auxílio para assentamentos da reforma agrária, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

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Para se ter uma ideia, no primeiro ano de governo Bolsonaro houve apenas uma ocupação de terra em todo o Brasil e nem foi realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). De acordo com dados levantados pelo governo federal, houve 14 ocupações de 2019 até abril de 2021. De 2016 a 2018, foram 111. De 2011 a 2015, 912. De 2003 a 2010, 1.968. De 1995 a 2002, 2.442. Ou seja, quase nada de ocupações.

Diante disso, os números de famílias assentadas também reduziram drasticamente. Em anos de governo petista, chegou-se a mais de 130 mil famílias assentadas e o menor numero registrado em um governo petista foi durante Dilma Rousseff em 2011 com 22.021 famílias assentadas.

No governo Bolsonaro esse número foi para patamares muito baixos. Após o golpe em 2016, foram assentadas menos de 1.700 pessoas por ano e no primeiro ano de Bolsonaro foram assentadas apenas 1.374 famílias, ou seja, número quase nulo comparado ao período anterior ao golpe e em relação às famílias que se encontram em acampamentos e em beira de estradas à procura de um pedaço de terra para trabalhar e morar.

Outro dado importante é que, em 2019, Jair Bolsonaro e os latifundiários enviaram para todas as superintendências do INCRA uma norma paralisando todos os processos de criação de assentamentos da reforma agrária que também chegou às terras indígenas e quilombolas que foram paralisadas e nenhuma foi demarcada ou criada.

O resultado dessa política de recuo dos movimentos de luta pela terra foi o aumento da violência no campo, paralisação de demarcações e criação de assentamentos, e fim das políticas de apoio às famílias assentadas.

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O método de luta e conquista de terras e outras políticas de apoio à agricultura familiar sempre foi através de ocupações de terra. O método de ocupação de terra para o trabalhador sem terra está como a greve para o operário, sendo a maneira mais eficaz e que realmente dá algum resultado para colocar a direita em seu lugar e avançar na conquista de direitos e na luta pela reforma agrária. Substituí-lo por outros métodos ou esquecer as ocupações é dar margem para um avanço da direita.

E a situação vai piorar ainda mais. Os exemplos no Extremo Sul da Bahia com o MST e com a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) em Rondônia irão se multiplicar diante do agravamento da crise e com o processo eleitoral em 2022 que vai ser uma guerra. A violência vai aumentar e as políticas de apoio às famílias sem terra, quilombolas e indígenas vão se reduzir e o latifúndio vai avançar com a grilagem de terras e com a pistolagem no campo.

Para reverter esse quadro é preciso retomar as lutas. 2021 foi um ano de retomada das ocupações, diversos movimentos, como a LCP (que já vinha ocupando terras), mas outros importantes como a FNL e o MST tomaram a decisão de retomar as ocupações, cujo número neste momento é maior que nos anos anteriores, mas ainda é tímido em relação ao tamanho dos problemas.

É preciso que 2022 seja o ano de retomada das ocupações de terra por todos os movimentos sociais, seja sem terra, quilombola ou indígena. Um plano de ocupações em massa e com milhares e milhares de famílias ocupando não somente o latifúndio improdutivo, mas todo latifúndio para que as famílias possam produzir em terras férteis.

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