A União Nacional dos Estudantes (UNE), principal entidade do movimento estudantil brasileiro, atualmente comandada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), publicou um chamado para mobilização nas ruas através do perfil de seu presidente em uma rede social, Iago Montalvão: “Em todo o Brasil: nas ruas e nas redes“.
MOBILIZAÇÃO É NAS RUAS!
É preciso repercutir a convocação para mobilização de rua, afinal de contas, mostra que a política do #ficaemcasa que foi insistida nos últimos meses pela direção da UNE foi derrubada diante da realidade material.
Os ataques do governo ilegítimo do fascista Jair Bolsonaro aos alunos, professores e profissionais da educação estão só intensificando e ficou difícil conter a revolta estudantil.
Os estudantes já estão sendo devidamente esmagados pelo ensino a distância, a política de sucateamento do ensino público, ataques dos governos estaduais e federal contra a educação, que vêm diminuindo a qualidade de ensino, realizando cortes e deixando a comunidade acadêmica ao relento há anos.
APROFUNDAMENTO DA CRISE DO REGIME GOLPISTA DE CONJUNTO
Evidente que a crise piorou principalmente por dois fatores: a redução do auxílio-emergencial ao povo brasileira que se tratava de uma esmola, mas estava alimentando milhões impedindo eles de passar fome durante a crise econômica, amplificada pelo coronavírus.
E também a própria volta as aulas , uma política assassina dos governos estaduais que estão reabrindo tudo e querem arriscar a vida de milhões de estudantes, transformando escolas em verdadeiros cemitérios.
De acordo com dados apresentados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a volta às aulas colocará em risco milhões de pessoas que estão no grupo de risco e que vivem com os estudantes.
Na pesquisa é dito que estariam em perigo 9,3 milhões de brasileiros adultos com problemas crônicos de saúde e idosos que vivem na mesma casa que crianças e adolescentes em idade escolar (entre 3 e 17 anos). Um genocídio a vista.
SUSPENSÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR E ACADÊMICO
Fica óbvio aqui a urgência de convocar imediatamente toda a juventude,os comitês de estudantes e demais organizações de luta do movimento estudantil, tanto secundarista quanto universitário, a se mobilizarem pela suspensão do calendário escolar e acadêmico.
É preciso perceber que a proposta de suspensão do ano letivo é a expressão legítima dos estudantes pobres. Portanto, há necessidade que a UNE e a Ubes percebam isto e mobilizem para o rompimento total com a política de educação da direita, que já provou ser inimiga dos estudantes.
A democratização do acesso à educação pelos filhos da classe trabalhadora pobre não é de interesse do governo Bolsonaro e todo o regime golpista de conjunto. Estudantes devem ir as ruas para derrubar esta ditadura que está se aprofundando dentro das escolas e universidades.
Fora Bolsonaro!