No dia 10 de setembro, a UNE reuniu a sua diretoria plena e aprovou uma nova agenda da entidade. A agenda, contava com atos nos dias 17 de setembro, mobilizando contra as intervenções nas reitorias e cortes nas universidades. Como também, importantes atos nacionais pelo Fora Bolsonaro, anunciados sob a assinatura da UBES e ANPG.
Todo o cronograma finalizava-se no dia 27, onde será realizado o lançamento da plataforma eleitoral das entidades estudantis. No entanto, o que poderia ser um importante passo para a mobilização pelo Fora Bolsonaro, a luta contra a volta às aulas, etc. tornou-se um exemplo claro de total boicote ao movimento.
As manifestações “chamadas” pela UNE foram boicotadas pela própria entidade. Não houve convocação, sequer houve anuncio de muito dos locais onde supostamente seriam realizados tais atos. A direção da UJS (PCdoB) não foi capaz sequer de divulgar imagens da “jornada” de mobilizações.
Pelo contrário, foi responsável mais uma vez por destruir totalmente a mobilização. Nos locais onde haviam sido chamados atos, alguns não eram nem mesmo informados pelo site oficial – “Centro de Goiânia”-, outros tinham horários no mínimo estranhos – “Florianópolis 8h”-, e como era de se esperar, apenas poderiam resultar em um total fracasso.
Em Brasília, centro de diversas mobilizações no último período, o “ato”, contou com 11 pessoas, todos organizados pela burocracia da entidade. As ações por todo país assumiram caráter semelhante, não sendo divulgados, e com a presença apenas de alguns nomes da organização.
Esta política levada pela direção da UNE está em completa contradição ao movimento estudantil, e sobretudo, a situação que a juventude brasileira passa. Em meio aos ataques do EAD, a volta às aulas já sendo uma realidade, a maior organização estudantil sequer move um dedo.
Pelo contrário, a UNE apoia ataques como EAD, auxiliando a burguesia em propagandear a necessidade de ter “internet para todos”, enquanto a juventude é massacrada na pandemia.
A política seguida pela UJS, de total destruição desta histórica entidade, é a mesma seguida pelo PCdoB, frente-amplista, sem qualquer intenção de realmente mobilizar a população.
O momento é de organizar a juventude e mobilizar a população. A UJS comprova mais uma vez a necessidade de reconstruir a UNE pela base. A luta pelo Fora Bolsonaro só poderá acontecer com uma verdadeira mobilização do povo brasileiro, começando pela juventude e os trabalhadores.