Chegamos ao final da campanha das eleições mais fraudulentas da história do País, vendo confirmada toda a análise e os prognósticos fundamentais feitos por este Diário, mesmo antes do início do processo eleitoral.
Praticamente não houve campanha eleitoral, mas uma imensa operação de manipulação da imprensa golpista e dos grandes aparatos políticos, principalmente, em favor dos candidatos da direita golpista e, em menor grau, em proveito dos setores da esquerda identificados com a política de frente ampla, de apoio à política reacionária dessa mesma direita, que deve – inicialmente – sair fortalecida dessas eleições.
Os “donos do golpe de Estado”que derrubou a presidenta Dilma, colocou o ex-presidente Lula na cadeia, de forma ilegal, por 580 dias e fizeram retroceder – como nunca – as condições de vida da maioria do povo brasileiro, devem colher hoje uma “vitória” eleitoral, na maioria das cidades do País, como um passo para buscarem uma “unidade” da direita (disfarçada de “centro”) em torno da política de retomada do comando do País, depois de cinco derrotas consecutivas; quadro delas para a esquerda (2002 a 2014) e uma delas para a extrema direita (2018), com Bolsonaro, que tiveram que apoiar, para derrotar o candidato da esquerda, diante da falência dos partidos e candidaturas tradicionais da direita.
Já antes das eleições, essa direita tradicional -os “pais” de Bolsonaro, e sócios majoritários da política criminosa que o seu governo ilegítimo e, antes, o de Temer, impuseram contra os trabalhadores – anunciou sua intenção de tenta impor ao País a “saída Biden”, ou seja, a imposição de uma candidatura ultra reacionária da direita golpista, travestido de democrata, como se fosse um “mal menor” em relação ao governo do fascista Bolsonaro, o que nem de longe corresponde à realidade.
Tirando proveito do gigantesco genocídio que impulsionou com a pandemia, na qual os governos da direita (e não apenas o de Bolsonaro) já levaram à morte quase 170 mil brasileiros, a burguesia golpista tratou de garantir uma eleição a toque de caixa, praticamente sem campanha, sem debates etc.. Essa direita esbanjou cinismo na campanha eleitoral prometendo – como sempre faz – um mundo cor de rosa depois das eleições.
Mas a realidade é muito diferente de tais promessas e em meio ao avanço da crise histórica do capitalismo, preparam uma nova ofensiva diante que ameaça levar ao País a uma situação ainda mais catastrófica, com novos recordes de mortes na pandemia, desemprego, fome e miséria.
Nessa ofensiva, da mesma forma como ocorreu nas eleições que hoje encerram seu primeiro turno, a direita espera contar com o prestimoso apoio de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, hoje “corcundas” de tanto se curvarem diante dos plano da direita golpista.
Mas a “vitória” deles é artificial. Obtida por conta da paralisia e da defensiva que a política de colaboração de classe das direções da esquerda e do movimento operário impôs aos trabalhadores e demais setores explorado e suas organizações de luta que se colocaram em “quarentena” física e “espiritualmente”, só se retirando dela quando se tratou de defender seus mesquinhos interesses nas eleições viciada que acabamos de vivenciar.
Em atividade de apoio à candidatura à prefeita da deputada Bendita da Silva (PT-RJ), o ex-presidente Lula defendeu a unidade da esquerda e o lançamento de uma candidatura presidencial própria que, segundo ele – acertadamente – deveria ser do PT, o maior dos Partidos.
Não há tempo a perder. A direita se articular e quer convencer o povo a aceitar um “Joe Biden” tupiniquim a pretexto de derrotar Bolsonaro, que eles ajudaram colocar lá. =Pior do que trocar seis por meia dúzia, isso significaria tirar um inimigo dos trabalhadores, em crise, por um ou too inimigo dos trabalhadores, tão ou mais reacionário que Bolsonaro, com maior apoio do que ele, para levar adiante sua politica, a política do imperialismo e do grande capital “nacional” de esfolar o povo para “socorrer” os tubarões capitalistas em crise.
É preciso colocar em prática o chamado de Lula, já realizando antes pelo PCO, de unidade da esquerda. Para que isto seja possível é necessária defender a única candidatura capaz de materializar essa unidade (ao menos dos setores combativos da esquerda e da imensa maioria das organizações d luta dos explorados), de mobilizar milhões contra a política reacionária da direita e da frente ampla com os golpistas.
Lançar imediatamente uma campanha de mobilização que inclui, obviamente, a luta pela conquista dos direitos políticos de Lula.
Esta política vai muito além das eleições. Representa uma perspectiva política real para os explorados diante da crise e da “alternativa” da direita, verdadeiras armadilhas para a classe operária e demais explorados.
Neste dia 15. Bata forte! Vote no Partido que defende uma alternativa própria dos trabalhadores diante da crise.
O Partido da Luta contra o golpe, da luta pela liberdade de Lula e por Fora Bolsonaro e todos os golpistas.
Vote 29, vote PCO!