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Libertação nacional

Tupac Amaru e sua luta contra o colonialismo espanhol

Tupac Amaru liderou uma das maiores rebeliões indígenas da história da America Latina colonial que agrupou no seu auge escravos libertos, mestiços e crioulos (brancos da colonia)

Nascido José Gabriel Condorcanqui Noguera, Tupac II, era descende de indígena e crioulo pertencendo a uma elite de comerciantes de Cusco, no vice-reino do Peru. Dizia-se descendente de Tupac I, quarto, e último, imperador inca de Vilcabamba.

Tupac II foi, em certo aspecto, uma exceção entre seus pares indígenas, formou-se em Lima na Universidade de São Marcos, onde teve contato com os ideias iluministas.

Indignado com o aumentos dos impostos por cabeça e o domínio espanhol, assim como o brutal tratamento com os indígenas nas minas de Potosí, o mestiço organizou uma verdadeira rebelião contra o vice-reino e a coroa.

No dia 4 de novembro de 1780, deu início a Grande Rebelião, que resultou na execução do corregedor Antonio de Arriaga, e, no dia 16 de novembro, no decreto do fim da escravidão dos negros na América Latina.

De início sua rebelião, que com o apoio de outros mestiços e curacas abastados da região, não tinha a intenção de tirar a autoridade da coroa espanhola, pois era uma rebelião com a má gestão do vice-reinado, porém o movimento foi se radicalizando a chegou a agrupar dezenas de milhares de combatentes.

No ápice da revolta, a radicalização era tamanha que uniram-se escravos libertos, mestiços, crioulos e índios contra a coroa espanhola, empenhando uma verdadeira guerra aos europeus que habitavam a região.

Em maio de 1781, Tupac e os demais líderes da rebelião seriam capturados e executados em praça pública. A execução foi brutal, o líder teve que ver seus companheiros e familiares terem suas línguas cortadas e cabeças decapitadas até que chegasse sua vez.

Os soldados amarram os quatros membros de Tupac II a quatro cavalos para desmembrá-lo. Esse episódio foi marcado pela barbaridade da repressão das forças coloniais e um relato da época retrata o líder revolucionário como de ferro devido a dificuldade dos cavalos de separá-lo em pedaços. Após sua execução a coroa espanhola teve que fazer uma série de concessões para acalmar os ares de revolta que se instalaram na região.

Sua história inspirou diversos movimentos e grupos de insurreição na América Latina, dentre eles: o movimento Revolucionário Tupac Amaru (Peru), Movimento de Liberação Nacional (Tupamaros) (Uruguai), Tupamaros (Venezuela) assim como o nome do famoso rapper Tupac Shakur, seus pais, pertencentes ao movimento dos Panteras Negras, queriam dar um nome de revolucionário para o filho.

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