Em partida realizada entre Napoli e Juventus, pela final da Copa da Itália no Estádio Olímpico de Roma, a equipe napolitana venceu a Velha Senhora nos pênaltis por 4×2, após um 0x0 no tempo normal. Sendo assim os partenopei levaram este título pela sexta vez.
A partida se deu com o estádio vazio, conforme mandam os protocolos sanitários, que desaconselham aglomerações. No entanto a realização de partidas, e especialmente uma final, num país apaixonado pelo futebol como a Itália, evidentemente não poderia ter outro desfecho que não fosse a comemoração das massas. Se não pôde ser nas arquibancadas, foi nas ruas da região central da Nápoles. Imagens de diversos portais mostram torcedores desrespeitando as regras de distanciamento e sem uso de máscaras.
O futebol é um esporte de massas e cercado de espontaneidade no comportamento de seus apreciadores, dissociar times e torcedores é um sintoma forte de desconhecimento sobre o peso cultural que o futebol exerce em países diversos. No entanto, se considerarmos a realidade brasileira, o quadro se torna mais preocupante, pois desde o início da pandemia o presidente e governadores golpistas trabalharam propositalmente pela manutenção da pandemia, mesmo aqueles que usavam discursos polidos de “fique em casa” na prática são tão genocidas quanto Bolsonaro, não providenciaram recursos e infra estrutura ao enfrentamento da COVID-19.
O retorno das partidas de futebol no Brasil, mesmo com estádios vazios, não ocorrerá desacompanhado de aglomerações das massas, ao menos nas ruas, é um fato cultural muito pesado tanto aqui quanto na Itália. Os capitalistas do futebol têm pressa pelo retorno do futebol a despeito do cenário trágico que enfrentamos, visando apenas ao lucro e elitização das arquibancadas(futuramente).





