Com o início da pandemia, a terceirizada Elfe Engenharia, com a alegação de dificuldades começou abrir um processo de demissões, a empresa inclusive, vinha atrasando os salários e vale alimentação.
A Elfe Engenharia já estava se preparando para dar o calote ao conjunto dos trabalhadores e logo em seguida, no final de março, mais de 300 trabalhadores foram demitidos.
Conforme artigo de 06 de abril da página da FUP reproduziu a informações do Click Petróleo, onde o Grupo Cobra que possui contratos na área de manutenção também demitiu cerca de 25 trabalhadores de sua base onshore em Macaé, e há relatos dos trabalhadores que mais 150, que atuam em operações offshore também terão mesmo destino, já que os contratos destes são intermitentes e não há previsão de retomada por parte da Petrobras.
As homologações, no entanto ocorreram em 16 de abril e desde então, uma parcela ínfima de trabalhadores conseguiram receber uma ou outra das 12 parcelas, enquanto que a maioria está numa situação de penúria por não receberem, inclusive, os salários de março e o vale alimentação entrou nas parcelas.
Quatro meses se passaram e a situação permanece com a Elfe dando calote nos trabalhadores, muitos inclusive filiados ao Sindipetro-NF.
A Elfe através de uma desculpa estapafúrdia diz, ao ser consultada pelos trabalhadores, que estão liberando os pagamentos de acordo com o fluxo de caixa, entretanto essa explicação não contemplou os trabalhadores. Ou seja, fica evidente que os patrões na realidade, não estão nem um pouco interessados em efetuar o pagamento dos trabalhadores, deixando-os sem como sobreviver, principalmente diante do período da pandemia do coronavírus.
O governo golpista do Bolsonaro está colocando todo o esforço pela privatização de todo patrimônio publico, inclusive de uma das maiores estatais do país, aumentando o trabalho terceirizado e, quando bem entende cancela os contratos, o que afeta a situação dos trabalhadores, nesse caso, da Elfe, mas de várias outras empresas.
É preciso travar uma luta para que todos os trabalhadores sejam incorporados à Petrobras, bem como, pela não privatização dessa empresa, e de todas as estatais, como os Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobrás, etc. e reestatização das que já foram entregues aos capitalistas, como Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), entre outras.