Em uma divisa entre o Maranhão e Piauí, a empresa Suzano Celulose e Papel comete diversos crimes contra o meio ambiente, colocando em risco dezenas de centenas de vidas. As comunidades quilombolas, Tanque de Rodagem e São João, Cocalinho e Guerreiro, denunciam as arbitrariedades da empresa em uma região com mais de 90 comunidades.
A empresa está invadindo as terras dos quilombolas, exercendo a expansão do seu plantios. Essa ação leva o avanço dos eucaliptos e a falta de água que consiste na expulsão de diversas espécies de animais e perda de vegetais, dificultando os habitantes naturais. É praticado a operação “contrafogo”, ação que leva o ateamento de fogo a partir das áreas plantadas, prejudicando diretamente as plantações dos camponeses.
Os quilombolas procuraram conversar com o responsável da brigada de incêndio da empresa Suzano Celulose e Papel Ltda que não foi identificado. Porém confirmou que a empresa não tem interesse e nem está preocupada com o território quilombola e seus habitantes. A preocupação do encarregado é em conter os possíveis focos de incêndio na produção da empresa.
O papel exercido pela empresa é contra um discurso colocado para enganar os trabalhadores, onde se coloca como uma empresa ambientalista e desenvolvimentista. O descumprimento da legislação trabalhista é constante praticado por milhares de empresas terceirizadas, inclusive a Suzano.
Nem em tempos de uma grande crise sanitária pelo Covid-19, foi capaz de barrar temporariamente as ações ilegais da empresa, ao solo de comunidades tradicionais quilombolas.
O fato é que os quilombolas além de ter grandes problemas com a política pública que não chega aos habitantes, deixando 5 milhões de idosos abandonados na pandemia, a medida de isolamento social nos Quilombos na tentativa de combate ao vírus, não está permitindo que as populações frequentem suas roças, sem produzir o alimento não tem como sustentar as comunidades, abrindo espaço para invasão dos setores privados. Os trabalhadores têm que enfrentar essas empresas privadas que querem lucrar em cima das vidas e terras em território que não pertencem a eles. É necessário a mobilização dos moradores das comunidades quilombolas para barrar qualquer tentativa de invasão e expulsar já o setor privado de suas terras.