O ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2019/2021 realizado entre trabalhadores dos Correios e direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) foi decidido em outubro do ano passado (2019), em julgamento de dissídio no TST (Tribunal Superior do Trabalho), e entre as cláusulas decididas estava a de que o acordo valeria por dois anos, um acordo bianual.
Como o governo golpista de Bolsonaro prometeu entregar os Correios para os grandes capitalistas, através de sua privatização até o final de seu mandato, a direção dos Correios, através do presidente da ECT, General Floriano Peixoto, nomeado pelo fascista Bolsonaro, recorreu da decisão do TST ao STF, principalmente na questão do acordo valer por dois anos.
E pela primeira vez na história do Judiciário brasileiro, o STF, através do ministro Dias Toffoli reformou um dissídio coletivo de trabalho entre duas partes, decidido no TST, principalmente no caráter da vigência do acordo, acatando o pedido do patrão (ECT) de que o acordo fosse válido apenas para um ano.
A decisão de Dias Toffoli, liminar favorável às intenções da ECT, foi a julgamento do pleno, e na sexta-feira (21-08) terminou a votação sobre a vigência do acordo coletivo de trabalho dos Correios, e unanimemente os ministros golpistas do STF decidiram favorável à direção golpista da ECT e ao ilegítimo governo Bolsonaro, contra manutenção do acordo atual dos trabalhadores dos Correios.
Essa decisão do STF deixou o caminho aberto para que a direção golpista da ECT, bolsonarista, em meio à Pandemia possa atacar todos os direitos e benefícios dos trabalhadores dos Correios imediatamente, já que expirou o acordo coletivo da categoria, visando facilitar o processo de privatização.
A votação do golpista STF a favor da direção da ECT e do governo Bolsonaro, só fortalece a compreensão dos trabalhadores que esses tribunais que ajudaram o golpe de Estado no Brasil, são tribunais a favor dos patrões, contra os trabalhadores, e por tanto facilitam os capitalistas conseguirem seus interesses com aparência de legalidade, como é a questão da privatização.
Também deixa claro que o TST e o STF não podem ser respeitados pelos trabalhadores, e que se os trabalhadores quiserem manter os seus direitos, benefícios, salários, empregos etc, precisam lutar contra os patrões e os seus tribunais, inclusive ameaçando de ocupar esses tribunais, caso esses juízes, ministros biônicos ameacem julgar em favor desses algozes.
Com o fim desse Julgamento de cartas marcadas, os ataques da direção da ECT aos direitos e benefícios da categoria dos Correios, o governo Bolsonaro anunciou o consórcio escolhido para fazer os estudos de privatização dos Correios.
O BNDES escolheu o Postar, um consórcio formado por Accenture do Brasil, Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados, que terá a missão de indicar todas as formas que o governo golpista de Bolsonaro poderá roubar o patrimônio do povo Brasileiro (ECT), promovendo a sua desestatização.
A decisão do STF no caso dos Correios mostra com bastante clareza que os ministros biônicos do STF não passam de representantes dos grandes interesses capitalistas no País, igualmente agiram no golpe de Estado de 2016 contra o governo do PT.