Em duas cartas distintas dirigidas nesta segunda-feira, 14, à Secretaria-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e à presidência do Conselho de Segurança, o Governo sírio denuncia as práticas criminosas das forças de ocupação turcas contra a integridade territorial e a população civil.
Segundo o Itamaraty, é preciso dar atenção às “violações da Turquia e suas perigosas e frequentes agressões à soberania e integridade territorial da Síria”. Por parte do governo sírio, em particular, as denúncias destacaram como as tropas turcas e grupos armados e extremistas continuam apoiando o crime “sistemático” de cortar o fornecimento de água potável aos residentes da província de Al-Hasaka (nordeste). “A medida do regime turco de cortar água a mais de um milhão de pessoas na província de Al-Hasaka é um crime de guerra, que se soma à ocupação e invasão deste país”, dizem as cartas.
Segundo relatado pelo Ministério das Relações Exteriores da Síria, desde o final de 2019, civis em Al-Hasaka sofreram 17 cortes de água, concernentes ao método de sabotagem, agressão e à “política barata de extorsão e pressão contra o governo sírio” da Turquia.
Desta forma, o governo sírio exige que a ONU e o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) obriguem imediatamente o governo turco a pôr fim aos crimes e à ocupação de partes do território sírio que, em última análise se deu sem autorização do Governo de Damasco. De maneira completamente arbitrária, a Turquia destacou militares e ocupa vários pontos do norte da Síria, sob o pretexto de combater milícias curdas, que considera terroristas.