O prefeito direitista do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) , recebeu neste fim de semana propostas de capitalistas para a reabertura da atividade econômica na cidade.
De acordo com o comunicado pela imprensa burguesa, vários planos estão sob análise e serão discutidos em um encontro com a ”comunidade científica”.
Entre eles, está um documento assinado pela Associação de Hotéis do Rio (ABIH-RJ) e mais sete entidades empresariais e associações de moradores da região da Barra da Tijuca, que prevê um cronograma de reabertura entre os dias 1º e 29 de junho, com limitações de lotação em bares, museus, restaurantes, comércio e transporte.
Em nota, a prefeitura cinicamente afirma que “o prefeito Marcelo Crivella recebe sugestões de diferentes segmentos e que a análise para reabrir quaisquer atividades no município do Rio será feita junto com o comitê científico, sendo que qualquer decisão levará em conta o cuidado a preocupação com a saúde das pessoas”. Diz ainda que “não existe nenhuma nova data para reabertura de atividades até o momento.”
O ofício, enviado também para o governador fascista Wilson Witzel, propõe também que o Ministério Público participe das discussões. Os principais pontos previstos no projeto são:
A partir do dia 1º de junho:
– Reabertura das escolas para o ensino médio (com uso obrigatório de máscara), das 10h às 17h, das creches e equipamentos sociais;
– Reabertura de lojas com porta aberta para a rua com até 400m² a partir das 10h;
– Reabertura de cafés, bares e restaurantes, que ficam limitados a 50% da capacidade (até as 23h);
– Abertura de museus, monumentos, galerias de arte e similares.
A partir de 8 de junho:
– Reinício de cerimônias religiosas;
– Reinício das partidas de futebol, ainda sem público.
A partir de 15 de junho:
– Reabertura de lojas com área superior a 400m² ou inseridas em shoppings, com uso obrigatório de máscaras;
– Reabertura das creches, pré-escolas e similares.
A partir de 29 de junho:
– Reabertura de cinemas, teatros e casas de show com lotação reduzida e espaço mínimo de distanciamento.
Em meio a um recorde negativo do Covid-19 no país com cerca de 23 mil mortos e quase 400 mil casos de contaminação, sendo no Rio registrando 245 mortes em 24 horas; a capital ultrapassa 20 mil casos, sem contar as subnotificações.
Enquanto isso a prefeitura e o governo estão pretendendo implementar uma política de ”liberou geral”, utilizando também os estudantes como bucha de canhão reabrindo as escolas para forçar um retorno às atividades econômicas regulares.
É necessário urgentemente convocar pela criação de comitês de luta para enfrentar os ataques, tanto da prefeitura, como do governador e do presidente, que no fundo representam a mesma coisa: um bloco de destruição dos mais vulneráveis, um grande lança-chamas contra o povo.
Fora, Crivella! Fora, Witzel! Fora, Bolsonaro!