Oriente Médio

Qual o verdadeiro número de soldados americanos na Síria?

Em entrevista, James Jeffrey admitiu que o número real de soldados americanos na Sìria é escondido da população e até do presidente Donald Trump.

O enviado especial dos Estados Unidos na Síria, James Jeffrey, admitiu que as Forças Armadas mantém um contingente militar muito superior ao informado à população e ao próprio presidente Donald Trump (Partido Republicano) na Síria.

Em entrevista ao Defense One, James disse que o contingente americano estacionado no nordeste da Síria é muito superior ao número de soldados que Trump autorizou que permanecessem lá em 2019. Trump disse que o Estado Islâmico (ISIS, sigla em inglês) estava derrotado no país árabe e ordenou a retirada das tropas americanas.  Contudo, foi persuadido a manter uma força militar de entre 200 a 400 soldados para vigiar os campos de petróleo mantidos pelos aliados curdos dos norte-americanos no combate contra o ISIS.

O Defense One estima, com base em relatórios, que haja cerca de 900 soldados americanos na Síria. Os dados reais são desconhecidos até por parte do alto escalão da administração Trump, que demonstram o desejo de terminar com as intervenções militares longas dos Estados Unidos no exterior, que são as chamadas “guerras para sempre”. Os americanos saíram derrotados da intervenção na Síria, um dos mais importantes acontecimentos do período recente. Merece destaque o fato de que as Forças Armadas e os órgãos de espionagem e vigilância escondem do presidente da República as informações relativas às operações militares em território estrangeiro.

As intervenções da Rússia e do Irã em apoio ao governo Bashar-Al Assad foram essenciais para a derrota dos grupos armados apoiados pelos Estados Unidos que atuavam para mudar o regime político. Os americanos buscavam implantar um governo satélite na Síria, que lhes permitisse avançar no controle sobre as fontes de petróleo abundantes na região.

A guerra civil na Síria teve início em 2011, na esteira da Primavera Árabe. O imperialismo aproveitou-se dos protestos contra Assad para avançar na política de golpes de Estado no Oriente Médio, algo que já vinha ocorrendo na América Latina. A questão síria é responsável por milhões de mortes, destruição da infraestrutura e imigração massiva para o continente europeu.

As revelações de James Jeffrey escancaram o fato de que nem mesmo o presidente da República tem o controle total sobre as Forças Armadas, um verdadeiro sistema organizado no interior do Estado, ligado ao complexo industrial-militar e instrumento essencial para a garantia do imperialismo. A pergunta que deve ser feita é: qual o verdadeiro contingente americano estacionado na Síria?

 

 

 

 

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