O Iraque registra quatro meses de mobilizações contra a ocupação americana e suas consequências. No dia 1º de outubro de 2019, começaram as mobilizações contra o desemprego e a decadência dos serviços públicos, que são efeitos da ingerência imperialista direta que teve início com a invasão do país em 2003, iniciada pelo governo Jorge W. Bush (Partido Republicano) e mantida pelas administrações de Barack Obama (Partido Democrata) e Donald Trump (Partido Republicano). A repressão policial tem sido dura, com o lançamento de bombas de gás lacrimogêneo, jatos d’água, balas de borracha, mas as mobilizações continuam. Estima-se que já ocorreram centenas de mortes e milhares de prisões.
A crise no Oriente Médio se aprofunda todos os dias. A presença militar e a influência política do imperialismo na região é um fator de extrema instabilidade para todos os países. Guerras são provocadas pela ingerência do imperialismo, que tem interesse em seu apropriar das bacias de petróleo e controlar suas rotas de distribuição. Os EUA mantém governos satélites na região, caso das alianças com a Arábia Saudita e Israel, que agem em função das ordens do imperialismo contra os demais países.
O recente assassinato do general iraniano Soleimani em território iraquiano pelas forças militares dos EUA radicalizou ainda mais a situação. O parlamento do Iraque aprovou uma moção que determina a total retirada das tropas estrangeiras do país, o que detonou mobilizações pela soberania nacional do Iraque.
As mobilizações tendem a se manter até a expulsão do imperialismo do Iraque e o atendimento das reivindicações dos trabalhadores, extenuados pela opressão imperialista sobre seu país.