Desde o golpe, a extrema-direita tem atacado a educação brasileira de forma sistemática, levando a uma intensa e crescente perseguição aos professores. Um exemplo é a que vem sofrendo um grupo de professores da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), por parte do atual reitor, Cândido Albuquerque e também pelo diretor da Faculdade, Maurício Benevides.
A perseguição se dá por causa que o Conselho Universitário (Consuni), através de uma resolução, a resolução nº 8, no início da pandemia definiu que as atividades remotas seriam facultativas aos professores, o reitor quer torná-las obrigatórias, por isso a perseguição aos professores.
Os professores perseguidos acionaram o Ministério Público para barrar a ação de obrigatoriedade do EAD, o caso foi arquivado, porém o diretor começou a perseguição aos professores, primeiro com ações indenizatórias na justiça de pequenas causas. Depois a participação do reitor, Cândido Albuquerque, abriu processos administrativos com pedido de demissão dos cinco professores.
A perseguição nos locais de trabalho, sobretudo nas universidades, tem se tornado uma constante desde o golpe de 2016, acentuando-se com o governo Bolsonaro. O regime político não comporta mais qualquer possibilidade de oposição, tamanha a crise do regime.
Há uma pressão gigantesca para o retorno as aulas sem nenhuma segurança para os professores. Onde houve o retorno das aulas foi catastrófico, porém onde está ocorrendo o EAD, é uma farsa, pois a maioria da população não tem acesso à equipamentos e a uma internet banda larga. Outra questão que os professores não foram contratados para tal emprego.
Não existe política de valorização dos professores. E quanto mais repressivo e direitista for o país menos direitos tem professores. Diante disso é preciso organizar os professores e os estudantes contra a volta as aulas é também pelo fim do ensino à distância. Somente a mobilização e o Fora Bolsonaro vai por em xeque essa política genocida dos golpista.