O Capitão da PRE, José Batista dos Santos, da 6ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual do Estado do Paraná com sede em Pato Branco, orientou em grupo de whatsapp frequentado por policiais civis, militares, federais e jornalistas fascistas a atacarem a população indígena da região.
O povo da terra indígena Rio das Cobras ocupada por Kaingangs, está sendo ameaçado por esses policiais desde que conflitos ocorreram entre os eles a população não índia em razão da estrada que corta a Reserva.
Em 11/11 um caminhão e uma van se acidentaram na estrada e a carga foi saqueada por um grupo de índios alcoolizados, o motorista da van veio a óbito, a PRF retirou o corpo da vítima e colocou o corpo debaixo dos índios alcoolizados, dando a impressão de que eles estão violando o corpo.
Desde então a população da região sob a influência dos órgãos da imprensa capitalista vêm distorcendo os fatos.
Em 16/11 uma perseguição da polícia a outro indígena acabou no atropelamento desse último, os policiais ao verem que se tratava de um índio não socorreram e largaram o corpo ainda com vida onde estava, o que provocou a morte em seguida.
Em resposta ao assassinato de um membro do seu povo os índios apreenderam a viatura da PRF, mais uma vez os policiais com o apoio da impressa local acusou os índios de roubarem a viatura, colocando-os como bandidos.
Todos esses ataques aos indígenas, apesar do aparente conflito entre sociedades diferentes, tem na verdade, o desejo por parte dos latifundiários da região de expulsar os Kaingangs de suas terras, terras essas ocupadas por eles desde antes de 1902, e já formalmente reconhecida desde 1991 e antes até disso.
A questão é que essas terras ocupam uma área grande de dois municípios da região, o que faz o interesse desses empresários aumentar, o interesse do mercado por essa terras é o real motivo dos ataques, e diante disso usam qualquer desculpa para tentar colocar os índios para fora da região.
E mesmo com a demarcação definitiva das terras a ação dos latifundiários não respeita as leis, e elas não servem e nunca serviram para garantir o direito de ninguém, muito menos o dos indígenas, sempre massacrados em razão da sua raça.
Mais uma vez temos aqui a situação que se depara todo população indígena que ainda existe no Brasil, se unir e se defender, e mais, buscar a união com os trabalhadores do campo e da cidade, para defender o direito à terra.