Já não bastassem os milhares de brasileiros mortos pela Polícia Militar, temos a notícia estarrecedora de que ela esta matando também não brasileiros.
Em 11 de agosto último quatro jovens indígenas bolivianos saíram para casar em uma fazenda na fronteira entre a Bolívia e o Brasil, fronteira que faz limite com o estado do Mato Grosso, governada pelo fascista Ronaldo Caiado.
Os quatro foram surpreendidos pela ação da polícia militar de Mato Grosso (GEFRON), que sem motivo algum torturou, mutilou e matou a tiros os jovens indígenas da tribo Chiquitano da terra de San José de la Frontera.
Os policiais dizem que foram atacados pelos indígenas e que estavam na região para controlar o tráfego de drogas, mas nada pode justificar a morte de quatro pessoas, e ainda mais, a tortura e a mutilação. Uma farsa grotesca a versão da PM.
Os jovens apenas caçavam com uma espingarda de caça e facões, caçavam para levar alimento para casa, caça que é tradicional entre os índios Chiquitano.
Deixaram órfãos cerca de 10 crianças, e viúvas as suas esposas.
Seus nomes: Arcindo Sumbre García, Paulo Pedraza Chore, Yonas Pedraza Tosube e Ezequiel Pedraza Tosube Lopez.
Os quatro foram levados ao Hospital Regional de Cáceres, mas não resistiram.
Temos que os indígenas não são um povo bem visto pelos donos do poder, tanto lá quanto cá, o governo boliviano tomado de assalto pela elite de origem espanhola, e aqui o governo tomado por fascistas desde o golpe de 2016
O massacre ocorrido em terras brasileira corre o sério risco de ficar impune, pois, de ambos os lados da fronteira ninguém se interessa por suas vidas.
A única forma de parar a matança é a união dos povos indígenas que ocupam a região, tanto brasileiros quanto bolivianos e de outras nacionalidades que moram nas fronteiras, criar grupos de autodefesa unificado de forma a colocar para fora de suas terras os fascistas, os que usam farda ou não.
E não podemos esquecer de gritar: queremos o fim da Polícia Militar!