Nesta quinta-feira, o Assentamento Jaci Rocha, que se localiza entre Itamaraju e Prado, situado as margens da Br 101, no Extremo Sul da Bahia, foi invadido pela polícia militar fascista fortemente armada, usando bombas e armas pesadas para intimidar as famílias que vivem no assentamento.
A invasão ocorreu juntamente com a direção do INCRA bolsonarista para colocar dentro do assentamento elementos ligados a extrema direita da região. Essa ação está ligada a uma família de políticos bolsonaristas da região, Wilson Brito, para atacar a organização do assentamento e facilitar a política de privatização das áreas de reforma agrária colocada em prática pelo governo do fascista Jair Bolsonaro.
O Assentamento Jaci Rocha é uma referência de assentamentos na região, possui a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta “Egídio Brunetto” onde diversos assentados e acampados participam de cursos e capacitações, organizados pelo MST, e um ponto de apoio para a reforma agrária na região.
A PM e a coordenação bolsonarista do Incra deixaram dentro do assentamento pistoleiros fortemente armados para aterrorizar as famílias e levar ao conflito armado.
Em março deste ano, o latifundiário e pistoleiro do Pontal do Paranapanema (SP) que está como secretário de assuntos fundiários do governo Federal, Antonio Nabhan Garcia, organizou uma audiência pública onde afirmou que iria combater duramente o MST e as invasões de terra na região e deixou seu contato pessoal com elementos da extrema direita da região.
Essa ação tem que ser repudiada e é preciso organizar os movimentos de esquerda, de luta pela terra e partidos políticos para expulsar os pistoleiros e seus elementos dos assentamentos e acampamentos da maneira que for necessária.
É necessária a formação de comitês de autodefesa contra esses ataques da polícia militar, dos latifundiários, da direita fascista e da direção do Incra bolsonarista.