Esta semana foi marcada por um duro avanço da censura sobre a arte, com a censura de diversas charges. A primeira ofensiva arbitrária foi do ministro da Justiça, André Mendonça, que lançou a censura, que ele chama de “investigação” de uma charge do cartunista Renato Aroeira.
Nessa charge, o artista representa o presidente ilegítimo Bolsonaro à frente de uma cruz-vermelha pichada na forma de suástica. O ministro se valeu do artifício totalmente antidemocrático da Lei de Segurança Nacional, curiosamente, para impor sua censura.
A outra ofensiva fascista na busca de calar qualquer crítica ao regime político é da Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo, que procurou censurar charges sobre o massacre em Paraisópolis, seis meses depois do ocorrido.
E, em uma carteirada, censurou os quadrinistas Laerte, João Montanaro, Alberto Benett e Claudio Mor, com a justificativa de que as charges são “ofensivas” por denunciar que a polícia comete seus massacres, e assim “constrange” a instituição tão “democrática”.
Fica claro, pelo teor das denúncias da direita e pela tentativa de reprimir e silenciar qualquer um que denuncie o caráter cada vez mais fascista e ditatorial do regime político, que esse regime está plenamente bem retratado pelos chargistas. É por isso que a direita tanto se incomoda.
A tentativa de censurar essas charges, que não tratam de nenhum tema absurdo, só denuncia a direita fascista e suas instituições. É um claro passo na tentativa de estabelecer uma verdadeira ditadura sobre e expressão dos artistas, sobretudo sobre suas posições políticas.
É necessário denunciar energicamente isso com o nome próprio: censura! Não é a primeira vez que a direita fascista e golpista está na ofensiva para censurar em todo território nacional a expressão artística, desde o golpe de Estado de 2016. Contra isso, é necessário um grande movimento nas ruas pela derrubada do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e todos os golpistas.