Em Porto Velho, o governador de Rondônia, o fascista Coronel Marcos Rocha (PSL), enviou mais de cem policiais para impor a reintegração de posse do Acampamento Tiago dos Santos, área de interesse do grande latifundiário da região Antonio Martins, considerado também o maior grileiro de Rondônia.
Mais de 600 famílias se encontram cercadas pela Polícia Militar e impedidas de receber alimentos.. A Polícia Militar está cercando o acampamento e impedindo a entrada de alimentos no acampamento onde vivem 600 famílias, cerca de 2 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças, uma verdadeira estratégia fascista para impor o abandono da região pelos trabalhadores sem terra.
Para justificar a repressão o governador e a PM, “criaram” o álibi em que alegam que o assassinato de dois policiais militares e outros quatro que ficaram feridos seriam de autoria dos trabalhadores sem terra, o que é repudiado enfaticamente pelos integrantes do acampamento. Para isso, receberam inclusive o apoio do presidente fascista Jair Bolsonaro que na manhã da segunda-feira, 4/10, publicou em suas redes sociais um vídeo onde policiais são expulsos de um acampamento por camponeses da LCP após tentarem intimidar as famílias sem ordem judicial. Finalizando o vídeo com a indagação, “Eu tenho a minha opinião, qual é a sua?”.
É fato que a opinião de Bolsonaro é a defesa da aniquilação dos trabalhadores sem terra e seu apoio incondicional aos empresários da cidade e do campo com a destinação de milhões de reais em apoio financeiro à repressão, como vemos em Rondônia e por todo o país.
A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) afirma que a morte foi em decorrência de conflitos e acerto de contas entre grupos de policiais, pistoleiros, políticos e latifundiários grileiros da região e o governador bolsonarista, Coronel Marcos Rocha, que se utilizam dos assassinatos de policiais para atacar os trabalhadores sem terra e justificar a expulsão de mais de 600 famílias do local.
É necessário a ampla denúncia, o repúdio da classe trabalhadora, nacional e internacionalmente contra o ataque aos trabalhadores e aos métodos de guerra fascista usados, assim como o apoio incondicional à luta dos trabalhadores sem terra, do Acampamento Tiago dos Santos.