A Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Estado de São Paulo, realizou ontem uma Plenária Estadual em continuidade do 15º Congresso Estadual (CECUT-SP), que teve seus debates interrompidos no primeiro dia de sua realização, no final do ano passado, por conta da soltura de Lula e do ato convocado naquele momento para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
Participaram 285 delegados e 66 observadores do encontro que foi realizado na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo e discutiu o calendário e o plano de lutas da CUT para o próximo período, bem como um posicionamento diante de importantes acontecimentos atuais, como a luta contra a reforma da Previdência nos Estados e Municípios, as eleições municipais de 2020, as greves contra as privatizações e a luta contra os ataques aos sindicatos.
A Plenária destacou o chamado à mobilização contra a famigerada reforma da Previdência do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com a entidade aprovando a mobilização liderada pela APEOESP (que tem assembléia no próximo dia 4) e outros sindicatos do funcionalismo, como o da Saúde estadual, também filiado à Central.
A se posicionou contra a política de setores da esquerda de apoiar a reforma nos Estados e Municípios, aprovando nesse sentido, moção de apoio à CUT-BA e aos servidores estaduais baianos em luta contra a “reforma” que o governo Rui Costa (PT) que impor e, se posicionando também contra outros governos da esquerda (como o PCdoB-MA) e da direita que buscam o mesmo ataque.
O encontro debateu a ofensiva do governo ilegítimo de Bolsonaro contra os Sindicatos por meio de projetos como o “da Medida Provisória 905, a chamada MP da carteira verde e amarela, que precariza as relações de trabalho, a Lei do Teto dos Gastos (Emenda Constitucional nº 95) e reformas como a sindical (PEC 161/2019), a trabalhista (Lei n.º 13.467/2017) e a da Previdência (PEC 6/2019), levando-se também em consideração os impactos aos servidores municipais e estaduais” (do sítio da CUT-SP, sp.cut.org.br).
De um ponto de vista imediato, a Plenária discutiu a mobilização para um ato em frente à FIESP, no próximo dia 3, segunda, a parte das 9h, por ocasião da visita do presidente golpista à entidade, marcada para esse dia. Em nível geral, Alemanha da mobilização dos servidores contra a reforma e o apoio às greves da Dataprev e dos petroleiros, a Plenária discutiu a necessidade de impulsionar uma grande mobilização no dia 18 de março.
Em torno do Dia 1º de maio, Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, estabeleceu-se um debate em torno da realização simultânea de uma ato central na Praça da República e de atos regionais, puxados por candidatos a vereadores e outros. O PCO se colocou contra essa política e chamou a fazer um dia de luta, como tem a ver com a tradição da data, pelo Fora Bolsonaro e pelas reivindicações dos trabalhadores (veja no vídeo abaixo).
Em torno das eleições de 2020, o PCO também interveio, se opondo à politica reformista e anarco sindicalista que se opõe à intervenção dos trabalhadores no processo eleitoral (na plenária representada por uma representante do pequeno grupo que se denomina POR) e dos setores que defendem o vale tudo e o semear de ilusões de que as eleições em pleno regime golpista vão resolver os problemas dos trabalhadores.
Falando em nome do Partido e da Corrente Sindical Nacional Causa Operária, o companheiro Antônio Carlos Silva, defendeu usar as eleições para lutar pelo Fora Bolsonaro, pela anulação da lava jato e cancelamento das condenações de Lula etc.