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À greve contra a privatização

Petroleiros se mobilizam contra a entrega da Petrobras na Bahia

Sindicato realiza ato demagógico e derrotista

Ao mesmo tempo em que “negocia” as condições de privatização e demissões da unidade de Taquipe, na Bahia, responsável pela exploração do campo de petróleo e gás de Candeias, a direção do Sindipetro Bahia faz demagogia com manifestação.

Conforme noticiado no sítio eletrônico da Federação Única dos Petroleiros (FUP), na manhã de terça (22/12), a direção daquele sindicato e petroleiros da referida unidade realizaram uma “mobilização em repúdio” à privatização do campo de Candeias já realizada pelo governo pró-capital de Bolsonaro, em local que deduzimos ser as próprias dependências da unidade – já que o texto não especifica.

Veja-se: mobilização está correto, mas que ela seja uma demonstração vazia e quase “publicitária” de mero “repúdio” ao desmonte gradual em partes da Petrobras não pode ser aceito. O sindicato não pode simplesmente negociar as condições da derrota, ele precisa lutar pela vitória, fazer mobilização pela greve e para efetivamente impedir a venda do patrimônio público do país e que dá sustento àqueles trabalhadores. Há muitas coisas que podem ser feitas, inclusive o chamamento à participação de outras entidades sindicais e até de partidos políticos e da sociedade como um todo.

Como em outras categorias profissionais, vemos um sindicato que se dispõe a apenas fazer parecer que está defendendo a categoria, quando na verdade adota uma política derrotista e cujo único ganho é para que os dirigentes sejam vistos como “equilibrados e conciliadores”, quer dizer, não passa de uma defesa da burocracia sindical.

Segundo a nota que é do próprio sindicato baiano, “os diretores do Sindipetro garantiram que vão continuar lutando para impedir o desmonte total da Petrobras”. Demagogia, blábláblá e nada concreto. A direção afirma que vai procurar a 3R Petroleum, a empresa que adquiriu os 14 campos de petróleo e gás da Petrobras “para garantir as melhores condições, benefícios, salários, assim como a contratação desses trabalhadores que serão demitidos”, ou seja, não haverá luta contra as demissões nem a construção de uma greve e uma mobilização que denuncie a política pró-capitalista e privatista da direita, só a demonstração vazia do “repúdio”, que temos visto direita e esquerda cirandeira usarem de forma totalmente inútil contra os fascistas e suas ações. Em vez da greve, a pieguice derrotista.

Tentando justificar esta atitude tosca, a nota ressalta que os trabalhadores concursados (pois essa manifestação foi daqueles que não são concursados, chamados de “setor privado”) já tiveram “garantido” o direito a remanejamento entre unidades da Petrobras, ao invés da demissão, por acordo coletivo negociado pela FUP e sindicatos. No entanto, sabemos que os concursados têm garantia por lei ao emprego, o que transformaria a questão num imbróglio judicial e potencialmente político, e portanto devemos nos perguntar se as entidades sindicais não acabaram facilitando as coisas para os privatistas ao evitar essa situação de confronto.

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