A contraproposta para o Acordo Coletivo, apresentada pela direção golpista da Petrobras, em nome do seu presidente, Castello Branco, foi amplamente rejeitada pela categoria nacionalmente e, como resposta, nas assembleias, os petroleiros referendaram a proposta da Federação Única dos Petroleiros (FUP) de prorrogação do Acordo Coletivo por hora vigente.
A tal contraproposta soa como ridícula, quando comparada ao que a direção da empresa pretende dar aos trabalhadores, de destinar recursos à seus “colaboradores”, que pode chegar a mais de R$ 1 bilhão. Enquanto que os golpistas pretendem fazer a farra com o dinheiro, conquistado através de muito suor dos operários da Petrobras, por outro lado pretendem reajustar os salários dos trabalhadores em apenas 1%, índice esse que não cobre nem ao menos a inflação do período e, para piorar, propõem a retirada de direitos, redução de remuneração e ataque a benefícios, como a assistência médica.
Os petroleiros, da mesma forma que os demais trabalhadores das estatais, com o golpe de Estado, passaram a sofrer uma gigantesca ofensiva da direita golpistas com vistas à privatização através da política de sucateamento, demissão em massa, entrega das subsidiárias, aumento da terceirização, rebaixamento salarial, retirada de direitos, ataque às organizações dos trabalhadores, etc. e, nessa campanha salarial a principal questão, obviamente, deve estar centrada em torno à luta para impedir a entrega da Petrobras ao capital estrangeiro, ao imperialismo. Nesse momento da campanha, as assembleias devem ter em conta não somente a questão dos salários, que evidentemente é importante, mas a estratégia principal deve estar voltada para a mobilização em torno da criação de um amplo e forte movimento de luta que envolva toda a categoria em defesa desse que é o maior patrimônio do povo brasileiro.
A única forma eficaz de luta neste momento para impedir os ataques e a entrega da estatal ao capital estrangeiro, ao imperialismo é a intensificação das mobilizações e, evidentemente da greve. No entanto, a vitória dos trabalhadores somente poderá estar assegurada se houver a radicalização da luta e, neste sentido, se coloca como necessária a decretação da greve com a ocupação das plataformas e refinarias, com a tomada dos principais pontos da empresa pelos trabalhadores, como medida de força e resposta da categoria para impedir a privatização/entrega da estatal aos abutres estrangeiros, contra o arrocho salarial e o corte dos direitos dos trabalhadores.