O presidente do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta, durante o programa de maior audiência da Causa Operária TV, a Análise Política da Semana (no ar todos os sábados, 11:30), respondeu a uma pergunta, feita por um espectador, sobre os ataques da esquerda pequeno-burguesa a figura do Pelé.
Pimenta falou que as críticas da esquerda ao futebol e ao Pelé demonstram o perfil de classe dessa parcela da esquerda. O futebol, segundo Pimenta, possui grande apelo popular e, que a visão de que o futebol é o “ópio do povo” é uma visão fundamentamente da direita e não da esquerda. Até por, de fato, ver o futebol como “ópio do povo”, que a classe dirigente da direita, a burguesia, o controla, assim como faz com toda cultura.
Parte do conceito da esquerda pequeno-burguesa com viés identitário ter preconceito com o futebol é pelo fato da população, nos estádios, extravazar nas suas falas e atitudes, muitas vezes preconceituosos. Todavia, não é possível exigir da população “etiqueta” em um contexto onde a educação da população é sempre colocada em segundo plano pelas classes dominantes.
Os grandes heróis do futebol brasileiro são todos advindos da classe operária. Para isso, tem-se o exemplo de Cafu, homenageando o Jardim Irene, bairro popular onde foi criado, durante a festa do título mundial em 2002.
Sobre Pelé, Rui Costa Pimenta falou que o Brasil é o melhor futebol do mundo não apenas por causa de Pelé, mas que mesmo antes do rei já haviam jogadores de ponta, como Leonidas da Silva. Entretanto, Pelé representou a perfeição. Um jogador com grande capacidade física, inteligência e capacidade de concentração. Um artista completo do futebol.
Rui Costa Pimenta descreve as críticas feitas a Pelé como “distracionistas”, pois não tem a ver com o papel desempenhado pelo rei do futebol dentro de campo. Pelé nunca teve pretensão alguma em ser um líder político.
Respondendo uma crítica feita a Pele, pelo PSTU, que coloca Pelé como o rei da classe dominante e escravocrata, o companheiro Rui explica que é o oposto, Pelé não é o rei dos escravocratas, mas o rei dos escravos. Pelé não foi escolhido pela burguesia, mas pelo povo, e que a classe dominante só o tolerou enquanto este lhe serviu para aumentar seus lucros.
Por fim, Rui explica que o futebol não é como o ópio, que retira a pessoa da realidade, pelo contrário, o futebol é parte da realidade, e tanto o sucesso brasileiro quanto a figura de Pelé são motivo de orgulho para a população brasileira.
Abaixo, link com o recorte da resposta do companheiro Rui: